terça-feira, 30 de abril de 2013

É o que todos deveriam pensar antes de sofrer

Se quiser me ofender, terá trabalho.
Não facilito a vida do agressor.
Ele vai suar frio, passar sufoco, esclarecer questões, explicar posicionamentos.
Não sairei de cena chorando logo que ganhar um desaforo. Não aceitarei o figurino de vítima. Não me farei de coitadinho. Não me trancarei no quarto. Não evitarei o convívio.
Sou muito escolado em bullying para acolher rapidamente desaforo. 
Só eu mesmo posso me ofender e me perdoar – mais ninguém.
É o que todos deveriam pensar antes de sofrer.
O debochado não tem repertório. Ele guarda uma ou duas tiradas engraçadas que podem ser rebatidas com a autocrítica e inteligência.
Não se veja derrotado no início do jogo, não se enxergue constrangido por antecedência.

Carpinejando
O agressor não programa a tréplica por falta de destreza gerada pelo medo de ser agredido. Um ego que se preze tem que se deixar agredir, ou caso contrário não se cresce um Carpinejar.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Não use o que eu disse contra mim



Cada dia mais me deparo com o egoísmo.

Essas pessoas que qualquer crítica feita, retorna com uma série de desculpas e retaliações infantil, é uma total incapacidade de refletir se existe um fundo de razão para tantas reclamações.

Pra mim, uma análise honesta dos nossos comportamentos e atitudes podem melhorar os relacionamentos.

E o preconceito também não entendo. Esses seres que acreditam serem melhores que os outros , mesmo sendo possível argumentar que inteligência é um conceito subjetivo e abstrato demais para serem medidos de forma satisfatória.
Estou sendo imparcial, e claramente existe uma carga altamente  emocional negativa na minha relação com o que estou descrevendo. 
Tento não ser babaca. Todos os dias, porque todos não tentam?

Sei que eu sou difícil, e que posso ser acusado de muitas erros também, mas estou cansada e receio que as coisas podem mudar pra pior, se eu não tomar muito cuidado.

Exaustivamente,


domingo, 28 de abril de 2013

Lealdades forjadas em apreensão e desconfiança são extremamente tênues

Não aceito criar alianças indesejadas em função de alguma adversidade. Acho que não sei ser oportunista, essa palavra soa de uma forma feia, eu sei, mas é bem isso, não sei aproveitar determinadas situações, ou talvez nenhuma situação me faça criar laços com seres indesejados. Porque pra mim, acordos dessa natureza não criam uma igualdade de poder. Sou boba, a pessoa é esperta, sou espontânea, ela toda trabalhada nas artimanhas. Daria muito trabalho ficar racionalizando o tempo todo. Lealdades forjadas em apreensão e desconfiança são extremamente tênues.

Seria facilmente quebrada quando baterem de frente com a implacável luz da verdade.

Mesmo que na mais absoluta escuridão de nossas horas mais desesperadas, essa alternativa surja como uma espécie de força para fazermos o que sabemos que deve ser feito. Não, nananinanão. Evito.
Seria contraproducente alimentar meu coração de conflito, de dúvida e confusão.
Eu questiono as minhas escolhas, todos os dias. Eu não absorvo táticas e dicas alheias.
Se no momento em que meu olhar enxergar somente escuridão, escolhos os verdadeiros, apelo para minha razão e luto para que a minha determinação me puxem de volta.
Inúmeras vezes não sei onde estou indo, porém em 100 % das vezes, sei onde não quero ir.
Passo.


Se  os pouquíssimos queridos não quiserem ir, eu vou só. Eu vou só...

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Gosto de ser abstrata


A ternura é o medo que nos inspira a idade adulta;
A vertigem é a embriaguez causada pela nossa própria fraqueza;
O poeta é um rapaz que sua mãe leva a exibir-se diante do mundo no qual ele não é capaz de entrar. 

Milan Kundera

Acho lindo quando alguém responde um questionamento com a resposta: É quando...
Sem ser literal, sendo somente abstrata e tão profunda.

E é isso que me fode...

Não nos devemos apegar assim tão fortemente às nossas tendências e temperamento. O nosso talento principal é sabermos aplicar-nos a práticas diversas. O estar vinculado, e necessariamente obrigado, a um único estilo de vida não é viver, é ser. 
As almas mais belas são as que têm mais variedade e flexibilidade. 
Montaigne, tradução de Rui Bertand Romão

terça-feira, 23 de abril de 2013

Revenge

A verdade é um duelo de percepções, as pessoas só enxergam o que podem enfrentar.
Não importa o que você ver, mas sim o que você enxerga...
Quando diferentes percepções duelam entre si, a verdade tem um jeito de se perder.
E os monstros encontram um jeito de sair.

domingo, 21 de abril de 2013

Dos jobs

O Vitor quer pegar o meu celular das mãos do Igor, porque os ovos do Dragão, já chocaram.
O Igor, precisa do meu telefone, porque no MineCraft ele precisa entrar em casa, pois os monstros nascem exatamente a noite.

Ah Steve, eu não gosto mais tanto assim de você.

sábado, 20 de abril de 2013

Vanessa, vc é foda!


Temos vivido um tempo em que todo mundo é tão extremista com relação às coisas que acredita que o convívio social presencial ou pela internet está ficando impossível.
Eu nunca dei muita bola pra feminismo. Cresci numa casa onde cada um lavava sua roupa, o pai sabe cozinhar, a mãe sabe arrumar chuveiro, todo mundo faz um pouquinho aqui, um pouquinho ali e todo mundo faz parte das tarefas de manter a casa funcionando.


Nunca fui proibida de vestir cor nenhuma, de ter cabelo de qualquer tamanho, de brincar de carrinho, de ter bicicleta azul, de ter um GI Joe, uma Barbie, vídeo game, mini game, brinquedos de cozinhar, kit de chave de fenda, esquadros, bola, cabaninha da Branca de Neve, ursinho, skate. Tenho um irmão que pediu uma blusa cor de rosa pra minha mãe e ela costurou do jeito que ele queria. E ele podia usar na rua e na escola. E nunca se importou com a opinião dos amiguinhos. Também teve cabelo comprido, tingido, pintou o olho de lápis preto por anos, lava as próprias roupas e sabe cozinhar. Tão entendendo o processo? Eu cresci numa casa em que as pessoas são respeitadas nas suas vontades e iguais nas obrigações.


Ninguém nunca diz “pai, tem que trocar o gás”. As meninas vão lá e trocam. Ninguém diz “mãe, tem que lavar a louça”. Os meninos vão lá e lavam. Todo mundo na minha família sabe onde fica o sabão e o martelo.


Mas a gente não vive na bolha do lar e um dia eu estava entre pessoas que eu considerava modernas. Até que alguém veio me tirar do repouso de uma doença séria - que vou omitir pra preservar minha paz e ninguém se reconhecer - pra reclamar que eu estava deitada enquanto um homem lavava a louça e todo mundo sabia que era uma HUMILHAÇÃO um homem ter que se sujeitar a isso.


Cê jura?


Nesse mesmo ano, pela primeira vez na vida, eu comprei roupas pra mim. Até ali minha mãe comprava roupas e a gente ia usando, todas as meninas juntas. Sei lá se era preguiça, pobreza, falta de senso fashion. O caso é que ela comprava as roupas todas e a gente usava (eu, ela, minha irmã) sem muito critério. Foi quando eu ganhei a incrível fortuna de 300 dinheiros pra gastar como quisesse, desde que fosse em roupas e foi a primeira vez que eu pude pensar a respeito do que gostaria de usar.


Cresci esquelética. Nunca tive orgulho disso, era apenas o formato do meu corpo. E minha mãe, que também tinha crescido magricela, sempre teve vergonha das pernas finas, dos ossos salientes. De modo que sempre comprou roupas largas. Então, minha primeira compra continha apenas vestimentas justíssimas. Calça jeans grudada na pele. Camisetas infantis, pra ficarem completamente coladas. Blusas daquele tricô tão bizarro que ela parece 8 números menor que o seu quando você não está dentro dela. Eu não queria mostrar o corpo, queria só usar roupas do meu tamanho, pra variar.


E foi a primeira vez que eu me dei conta de como mulher é um tipo imbecil de ser humano, quando uma coleguinha da minha sala na faculdade veio me avisar que não era de bom tom sair de casa com uma camiseta que não cobrisse o bumbum. E o pior: eu acreditei. Tinha acabado de mudar de cidade, de estado, de nível escolar. Vai que eu passei tempo demais no interior e perdi a noção, né? Fui lá de novo comprar um lote de blusas com 4 vezes o meu tamanho, só pra que cobrissem meu derriére e ninguém fosse agredido pela visão do meu bumbum seco.


Depois foi com decote, maquiagem, esmalte, cabelo. Era o tempo todo censura pela aparência. Se falasse com os meninos, censura no comportamento. Se fosse na festa de fulano, se olhasse, se pensasse, se respirasse. Todo mundo julgando você o tempo todo.


E foi só aí, atravessando a barreira dos 20 anos, que o feminismo bateu à minha porta. E eu resisti, porque eu sempre tive essa noção radical que um gênero não precisa de vantagem em relação ao outro. Mas aos 30 eu percebi que acreditar que todo mundo é igual estava muito errado e eu entendi que não, eu não sou feminista, nem machista, só um tanto egoísta. Eu não acredito em direitos iguais, eu não acredito em superioridade. Eu acredito em necessidades especiais. Eu acredito em direitos especiais.


Vou explicar.


Eu não acho que eu sou MAIS que um homem apenas por ele ter nascido homem. Obviamente não acho um que um homem seja mais que eu em nenhuma situação. Mas eu também não sou IGUAL a um homem.


Eu não sou igual a um homem quando eu saio da barriga da minha mãe e imediatamente todo mundo acha que devo vestir rosa, mas se um bebê menino se aproxima dessa cor, um pai morre de ataque cardíaco fulminante.


Eu não sou igual a um homem quando eu entro numa loja de brinquedo e peço um soldado em vez de uma boneca e uma vendedora muito fofa me diz que a seção de meninas é ali ó. E um homem não é igual a mim se cai na desgraça de desejar uma boneca.


Eu não sou igual a um homem quando fico menstruada pela primeira vez na escola, no meio da aula e o professor de história não sabe como lidar e a diretora me repreende por ter falado a respeito no meio da sala, com um homem, na frente dos meninos. Como se o que aconteceu comigo não fosse obra da natureza, que acontece com metade da população e independente da minha vontade.


Eu não sou igual a um homem quando fico menstruada todos os meses na escola e tenho que fazer as aulas de educação física com as primeiras cólicas da minha vida, que nem eu mesma consigo entender como funcionam, sob o sol, porque o homem que me dá as aulas diz que menstruação não é desculpa.


Eu não sou igual a um homem quando tenho que passar uma semana inteira fora da piscina e usando roupas escuras no verão, porque ninguém me explica muito bem como passar aqueles dias e a sociedade não aceita saber que me encontro nessas condições.


Eu não sou igual a um homem quando começo a sair à noite e tenho que ouvir meus pais dizendo pra jamais deixar meu copo sozinho, que não posso beber demais, que não posso sair com aquela saia de jeito nenhum, que tenho fechar o decote, que tenho que me dar ao respeito, senão os meninos vão saber que eu não valho nada e terão automaticamente direito sobre meu corpo.


Eu não sou igual a um homem quando resolvo que vou sair de saia se eu quiser e vou rir se eu quiser e vou falar com quem eu quiser e um deles acha que isso significa que eu estava me oferecendo a noite toda e pode praticamente arrancar meu lábio ao forçar me beijar. E se revolta quando leva uma bofetada no meio da cara como resposta, porque eu.estava.pedindo.


Eu não sou igual a um homem quando não posso voltar desacompanhada pra casa à noite, porque alguém pode querer me machucar apenas por ser naturalmente mais forte do que eu.


Eu não sou igual a um homem quando gosto de futebol e de outros esportes, porque isso me masculiniza e nenhum menino vai querer uma menina assim tão desleixada e com as canelas roxas.


Eu não sou igual a um homem quando cada vez que eu me relaciono com alguém do sexo oposto, eu sou automaticamente a pessoa que está se insinuando. Se o homem for comprometido, eu sou automaticamente a destruidora de lares.


Eu não sou igual a um homem quando chego aos 25 anos sem um relacionamento significativo com uma pessoa do sexo oposto. Eu não sou igual a um homem quando a sociedade me expulsa repetidamente de grupos sociais em que todos acabam comprometidos depois de um tempo, porque tem alguma coisa errada com uma mulher sem homem. Sem alguém pra proteger, cuidar dos interesses sociais e das rédeas da vida em geral.


Eu não sou igual a um homem quando escolho estudar um curso tipicamente masculino e tanto colegas como professores me perguntam se minha intenção é arrumar um marido e se tenho alguma ideia de como usar uma calculadora científica com 50 botões.


Eu não sou igual a um homem quando escolho uma profissão tipicamente masculina e ninguém respeita minha autoridade pela única razão: ter nascido menina.


Eu não sou igual a um homem 3 semanas no mês, quando meus hormônios tomam o melhor de mim e eu tenho que controlar cada reação. Eu não sou igual a um homem quando meu corpo dói sem que eu tenha feito nada pra que isso acontecesse. Quando não posso controlar meu humor. Quando sinto dores que um homem JAMAIS vai experimentar e não tenho o direito nem mesmo de fechar a cara, de respirar mais fundo e até mesmo de chorar, por que não? Eu não sou igual nem mesmo às mulheres nesse momento, porque algumas iluminadas nasceram mais aptas para a sociedade e não sofrem com a mesma intensidade e acham que podem julgar a minha experiência pela delas.


Eu não sou igual a um homem se decido que meu corpo é meu e eu faço dele o que eu quiser. Inclusive expondo a maior extensão possível da minha pele, se me der vontade. E isso não quer dizer que eu esteja me exibindo ou pedindo ou querendo nada.


Eu não sou igual a um homem se decido que não quero procriar. Eu obviamente não brado contra os homens nem acho que gravidez seja violência ou qualquer outra dessas ideias perturbadas. Eu só acho que não quero a experiência nem a responsabilidade. Se um homem decide que não quer ter filhos, é só a opinião dele, uma escolha dele e mulher nenhuma vai deixar de se juntar a ele emocionalmente por causa disso. Se uma mulher decide que não quer ter filhos, ela é louca, frustrada, rebaixada, incompleta, invejosa. E nunca, NUNCA a sociedade entende um homem que se junta a esse ser mitológico incompreensível. Essa mulher que vai contra a natureza.


Eu não sou igual a um homem se decido que não quero me casar, que não quero dividir uma casa, um quarto, uma cama, um cobertor, uma conta bancária. A sociedade duvida da minha sexualidade – que a propósito, não é da conta de ninguém – e da minha sanidade mental se eu me recuso a me ligar a alguém de forma tão profunda apenas porque.eu.não.quero. Um homem que passa a vida sozinho é um solteirão independente desejado. A mulher que passa a vida sozinha é uma coitada que ficou pra titia.


Eu não sou igual a um homem quando eu engravido contra a minha vontade. [Um parêntese aqui: eu sou moralmente e pessoalmente contra o aborto. Mas essa sou eu, sobre a minha vida, a única em que eu posso opinar. Socialmente, eu acho que todo mundo tem que ter direito de fazer o que achar melhor.] E eu sinceramente acho que um homem que não esteja envolvido genética e diretamente no processo de fabricar a criança em questão, não tem direito de opinar no rumo da gravidez.


Eu não sou igual a um homem se eu divido uma casa. Ainda que o homem não esteja romanticamente envolvido comigo, se eu e um homem moramos no mesmo lugar, a obrigação de limpar, cozinhar, arrumar, é socialmente minha. E eu, enquanto viver, jamais lavarei as roupas de outra pessoa que não sejam as minhas. Limparei a bagunça de uma pessoa que não for eu. Cozinharei qualquer coisa que eu não esteja interessada em comer fora da hora que me interesse comer.


Eu não sou igual a um homem se eu tenho filhos. Desconsiderando o fato de que biologicamente eu sou a única que pode alimentar a criança pelos primeiros 6 meses, todo o resto também será minha responsabilidade. As fraldas, a alimentação, as broncas, as roupas, a higiene, o colo. Se meu filho fica doente, sou eu e não o homem que pede pra sair do trabalho pra levá-lo ao médico. Se a nota é baixa, sou eu e não o homem que recebe a ligação da escola. Se a roupa está amarrotada, sou eu e não o homem que leva a fama pelo desleixo. Eu não sou igual ao homem quando preciso faltar ao trabalho por 3 dias porque meu filho não melhora. Sou eu o alvo das fofocas de escritório sobre a falta de comprometimento com o trabalho. Sou eu que tenho apenas 4 ou 6 meses de licença maternidade, mas sou cobrada constantemente pela atenção que deixo de dar à criança, que ouço palpites sobre alimentação, educação e todas as outras tarefas que não tenho a quem delegar.


Eu não sou igual ao homem quando cresço aprendendo que não posso andar por ruas escuras, que não posso andar sozinha à noite, que não posso andar por ruas desertas em nenhum horário do dia, que não posso demorar pra travar a porta do meu carro depois de entrar nele, que não posso usar roupas curtas e justas se for usar o transporte público, quando a sociedade passa minha vida me ensinando que não devo ser estuprada, em vez de ensinar aos homens que eles não devem estuprar.


Eu não sou igual ao homem quando qualquer coisa sobre meu comportamento pode me classificar como santinha ou como safada, como puritana ou vagabunda, como pra casar ou pra comer.


Eu não sou igual ao homem quando as outras meninas todas também estão me julgando pelo que não querem ser julgadas, pelas minhas roupas, pelo comportamento que elas acham que eu deveria ter, pela forma como elas acreditam que uma mulher deve ser.


Então me digam: pra quê eu quero direitos iguais aos dos homens? Eu nunca vou ser tão forte, eu nunca vou ter as mesmas habilidades, modos de raciocínio. Eu não sou igual e não quero ser igual. Eu quero ser respeitada pelo que eu sou. Não quero que alguém role os olhos e solte um suspiro se eu disser “não posso fazer isso agora, estou quase cega de cólica e preciso de uma hora até que meu remédio faça efeito”. Eu quero que a pessoa REALMENTE entenda o que eu estou sentindo e volte uma hora depois, sem me tratar como um indivíduo inferior ou mágico por causa disso.


*****


E eu ainda tenho sorte. Eu sou uma mulher heterossexual revoltada, independente e com ideias não convencionais. A vida já não é fácil, mas não consigo imaginar o que homens e mulheres homossexuais passam apenas por não serem... iguais. Todo mundo palpitando demais em situações que não lhes dizem respeito. Se cada um cuidasse só dos próprios interesses (de verdade, e não daqueles que você ACHA que são seus, como o casamento entre duas pessoas em que uma delas NÃO É VOCÊ), todo mundo teria muito mais chances de ser feliz.


Eu entendo o feminismo. Entendo a importância dele. Entendo o que leva as meninas da minha geração abraçarem tão fervorosamente. Mas eu não sou feminista. Eu sou egoísta. Eu quero o que é melhor pra mim. Não porque eu sou mulher, não porque eu acho que mereço mais que ninguém. Eu só acho que mereço respeito, independente do gênero de cada um. Independente da forma que eu me comporto, desde que não afete DE FATO a vida de ninguém. Você deveria querer também.




PS - 01 DICA: ser uma menina bradando por respeito enquanto julga o comprimento da saia da coleguinha NÃO ESTÁ PERM
ITIDO.

Vanessa Negrão aqui  Aqui!

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Chega, já deu.


Já sa­be­mos quan­tos per­de­ram a vida nos aten­tados. Sabemos quem eram, que idade ti­nham, o que fa­ziam. Conhecemos os ros­tos. Já vi­mos uma mãe ho­me­na­ge­ando a fa­le­cida fi­lha aos mi­cro­fo­nes do mundo. Partilhamos a sua dor por­que so­mos pes­soas co­muns e a nossa ca­pa­ci­dade de criar em­pa­tia com os ou­tros não de­pende de na­ci­o­na­li­da­des. Mas já vi­mos o su­fi­ci­ente, obrigado.
No mesmo dia da ma­ra­tona de Boston, a ex­plo­são de um carro  ma­tou 30 pes­soas nos ar­re­do­res de Bagdad. Porque no res­caldo do con­tur­bado pro­cesso elei­to­ral na Venezuela mor­re­ram sete pes­soas e de­ze­nas fi­ca­ram fe­ri­das. Porque um ter­ra­moto ocor­rido re­cen­te­mente na fron­teira en­tre o Irã e o Paquistão ma­tou quase 80 e des­truiu cen­te­nas de ha­bi­ta­ções. Porque na Síria mor­re­ram mais de 60 mil e 600 mil per­de­ram as suas ca­sas desde que co­me­çou a Guerra Civil, a ja­neiro de 2011.

E é pre­ciso des­li­gar  por­que não há câ­ma­ras de te­le­vi­são, re­pór­te­res da CNN, ban­dei­ri­nhas en­san­guen­ta­das ou his­tó­rias de he­roísmo que me con­si­gam con­ven­cer de que a morte de uns é mais im­por­tante do que a morte de outros.

Desliga, se puderes.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Não mereço

Um remédio por 5 cinco dias ( o mais caro de todos os remédios do mundo inteiro) para dor de cabeça, e seu efeito colateral principal: - Dor de cabeça.
Delícia.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Eu sei que você pode mais


De repente deixamos os os dias passarem em branco. Imaginando, temendo ou crendo de demais. Tão perigoso, tão inconsciente.
Então, acordamos com a dor mais forte. E precisamos tanto da vida hoje.
Acordamos da ilusão e vimos quanto tempo já perdemos deixando de viver.
Lidar com a dor e fazer com que  ela nos tire do nosso conforto mental. Trazer a dor para a realidade do nosso momento.
Mais uma vez recebendo o que precisa e não o que queria.
Essa dor faz com que possamos enxergar o que realmente importa. 
E infelizmente você não segue adiante se não existe algo lhe incomodando.
A dor faz você mudar de posição, ela lhe obriga a enxergar por ângulos diferentes, pensar de maneira mais inteligente.
Não existe outro tempo em que   possamos fazer algo por nós mesmo que não seja o agora. Por mais belo que tenha sido meu passado ou mais brilhante seja a forma que  imagino meu futuro, nenhum dos dois existe.
E vamos vivendo com a certeza de que quanto mais as dificuldades aparecem, maior será a força exigida.
E por pior que isso possa parecer. No final das contas, isso lhe faz bem.
Seus olhos conseguem enxergar novamente o chão em que você está pisando, você se lembra do que te faz bem de verdade.
No momento em que sentimos uma dor tão forte que nos faça ficar de joelhos, caimos na real.
Enfrentar muitas dificuldades nos faz sentir muito solitário, mesmo diante das pessoas que mais amamos, mas, aprendi  a nunca subestimar a minha  capacidade de lidar com isso:
Você pode se ouvir, pode se observar, pode se cuidar, e principalmente, pode aprender com você mesmo.
Coragem e um pouco de egoísmo me cairão bem.

Hoje eu entendo tanto

Eu costumava reclamar dos seus banhos quentes e demorados.
E hoje, fico por lá, na água quente por minutos e mais minutos.
Hoje eu entendo a sua solidão.

terça-feira, 16 de abril de 2013

As frustrações

Sem saber que aquela seria a última vez,  não me despi de preocupações ou tarefas agendadas e nem te levei o meu melhor sorriso. Muito menos guardei no bolso e levei pra ti um dos meus abraços protetores.
Sem saber que aquela seria a última vez, preferi a balada a sua casa. Preferi dançar ao invés de me deitar na sua cama com você e reclamar da falta de controle na vida de quem eu amo nas últimas semanas. 
A sua cama e o meu silêncio que você mais do que ninguém reconhece gigante e revelador.
Você, uma das únicas pessoas que prendiam o meu olhar e a minha atenção. 

Te olhar e ver você. 
Sem nada além ou aquém.

Você e sua pequenez.
Você e olhos brilhando, dois, lindos, lindos.

Hoje tenho receio em gastar as lembranças, economizo as recordações.
Tenho receio de vê-las desbotando se deixá-las expostas a essa abissal ausência.

Se hoje fosse a última vez, tentaria te agradecer pela coragem e te pediria desculpas por não ter tentado te entender. 

Teria te deixado mais forte pra conseguir continuar.

Poderia ter te pedido mais 5 minutos e fazer você mudar de ideia.

Da mesma forma que fazia quando ficava trocando de roupa. 
Olharia então pro relógio querendo que o tempo parasse.
Só que eu te conhecia tão bem...Sabia que você não voltaria atrás.
E talvez nessa hora eu chorasse já imaginado a minha vida seguindo sem a sua.
Sem as suas ligações  me dando bom dia e me desejando coragem pra atravessar mais um dia
e então ficaria calma e te mandaria um beijo e você diria que me admirava e que lutava todos os dias pra ter a minha força, o meu desapego, a minha generosidade, a minha persistência. 

Meu sorriso era tão feliz ao lado do seu.
Eu era tão melhor perto de você.
Você que me conhecia por inteiro desde os meus poucos  anos.


Tem essas pessoas que ainda valem a pena e ocupam a prateleira de cima. 

E tem essas outras pessoas que desistimos.
Você estará para sempre na primeira prateleira. A mais alta. Te deixo lá com algumas poeiras, porém inalcançável a estranhos e protegida. Sagrada.

domingo, 14 de abril de 2013

Azeite


Como é possível que a água do banho e o gosto do azeite tenham vencido e tenham até mudado a direção da raiva que eu vinha sentindo? a sensação tem, sobre o sentimento, a força que o silêncio tem sobre a palavra. Dilui e desarma.

Noemi Jaffe

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Luis Milesi



O meu amor por você permanece. A cada sim. A cada não. Principalmente a cada não. Quando eu me lembro do formato do seu nariz, do gel dos seus cabelos. Da suas mãos. Do furinho no seu queixo. Do cheiro do seu suor. Da sua imensa gargalhada cheia de timidez. Da sua voz feita para cantar as tolices da vida. O meu amor permanece, intacto, cuidado como se fosse uma coisinha de cristal. Ele está nas fotos do menino que você foi. No carinho com que você fala dos nossos pais. Nas sua capacidade de se reinventar que eu sempre adorei, apesar de ser igual, acho que porque somos capazes de nascer uma nova criatura, e esquecermos as mágoas desde que o samba é samba. Ele, o meu amor por você, está onde sempre esteve, “como negoço branco e negoço preto”, diria você, rindo, rindo.

Meu amor por você permanece. Ele está no mesmo lugar – por favor, me ouça – no mesmo lugar em que esteve, a vida toda, a vida toda. Ele nunca saiu dali. Não houve tufão, nem revolução, nem vereda equivocada (e meu Deus, querido, foram tantas, sou o resultado de todas as minhas escolhas , das minhas muitas escolhas ruins e boas) que movesse um milímetro o meu amor por você. O mesmo prumo, o mesmo eixo. Meu amor por você grita quando tomo suco de laranja com banana inventado por mamãe. Quando, sentada na minha varanda olhando para o céu, fumo aquele cigarro da madrugada, antes de ir para a cama. Meu amor por você fala mil idiomas, mas não tem com quem praticar. Meu amor por você come danoninho com o dedo, toddy, geléia de mocotó e dói quando meu joelho dói. Meu amor por você permanece, intacto, limpo, puro, como naquela primeira manhã que me contou emocionado que iria ser pai. Meu amor por você chegou ao êxtase e ampliou-se a Sarah, a sua princesa, a sua mulher, a menina que mudou a sua vida. Ele não foi tocado, nem pela luz, ele não foi remexido e revirado com as gavetas do meu coração, ele não pegou chuva na corridinha entre o ponto do ônibus e a entrada do prédio. O meu amor por você segue, quase o mesmo, quase bem, quase sempre. Meu amor por você está estampado na camiseta de cada um que passou pela minha vida, nos pudins da Mamãe, nas varas novas que você usa para pescar com meu pai, na gravação na qual o Capital inicial diz que: Nem tudo é como vc quer, nem tudo pode ser perfeito, pode ser fácil se você ver o mundo de outro jeito... Mas ele, ah, ele não muda. Meu amor por você está congelado no tempo, como as fotos da nossa família, como meu nariz arrebitado quando vejo um gatinho na rua, como se não houvesse amanhã.

Meu amor agora por vocês sabe que não haverá fim.

quinta-feira, 11 de abril de 2013


Se eu tivesse um bar ele teria o seu nome
se eu tivesse um barco ele teria o seu nome
se eu comprasse uma égua daria a ela o seu nome
minha cadela imaginária tem o seu nome
se eu enlouquecer passarei as tardes repetindo o seu nome
se eu morrer velhinho, no suspiro final balbuciarei o seu nome
se eu for assassinado com a boca cheia de sangue gritarei o seu nome
se encontrarem meu corpo boiando no mar no meu bolso haverá um bilhete com o seu nome
se eu me suicidar ao puxar o gatilho pensarei no seu nome
a primeira garota que beijei tinha o seu nome
na sétima série eu tinha duas amigas com o seu nome
antes de você tive três namoradas com o seu nome
na rua há mulheres que parecem ter o seu nome
na locadora que frequento tem uma moça com o seu nome
às vezes as nuvens quase formam o seu nome
olhando as estrelas é sempre possível desenhar o seu nome
o último verso do famoso poema de Éluard poderia muito bem ser o seu nome
Apollinaire escreveu poemas a Lou porque na loucura da guerra não conseguia lembrar o seu nome
não entendo por que Chico Buarque não compôs uma música para o seu nome
se eu fosse um travesti usaria o seu nome
se um dia eu mudar de sexo adotarei o seu nome
minha mãe me contou que se eu tivesse nascido menina teria o seu nome
se eu tiver uma filha ela terá o seu nome
minha senha do e-mail já foi o seu nome
minha senha do banco é uma variação do seu nome
tenho pena dos seus filhos porque em geral dizem “mãe” em vez do seu nome
tenho pena dos seus pais porque em geral dizem “filha” em vez do seu nome
tenho muita pena dos seus ex-maridos porque associam o termo ex-mulher ao seu nome
tenho inveja do oficial de registro que datilografou pela primeira vez o seu nome
quando fico bêbado falo muito o seu nome
quando estou sóbrio me controlo para não falar demais o seu nome
é difícil falar de você sem mencionar o seu nome
uma vez sonhei que tudo no mundo tinha o seu nome
coelho tinha o seu nome
xícara tinha o seu nome
teleférico tinha o seu nome
no índice onomástico da minha biografia haverá milhares de ocorrências do seu nome
na foto de Korda para onde olha o Che senão para o infinito do seu nome?
algumas professoras da USP seriam menos amargas se tivessem o seu nome
detesto trabalho porque me impede de me concentrar no seu nome
cabala é uma palavra linda, mas não chega aos pés do seu nome
no cabo da minha bengala gravarei o seu nome
não posso ser niilista enquanto existir o seu nome
não posso ser anarquista se isso implicar a degradação do seu nome
não posso ser comunista se tiver que compartilhar o seu nome
não posso ser fascista se não quero impor a outros o seu nome
não posso ser capitalista se não desejo nada além do seu nome
quando saí da casa dos meus pais fui atrás do seu nome
morei três anos num bairro que tinha o seu nome
espero nunca deixar de te amar para não esquecer o seu nome
espero que você nunca me deixe para eu não ser obrigado a esquecer o seu nome
espero nunca te odiar para não ter que odiar o seu nome
espero que você nunca me odeie para eu não ficar arrasado ao ouvir o seu nome
a literatura não me interessa tanto quanto o seu nome
quando a poesia é boa é como o seu nome
quando a poesia é ruim tem algo do seu nome
estou cansado da vida, mas isso não tem nada a ver com o seu nome
estou escrevendo o quinquagésimo oitavo verso sobre o seu nome
talvez eu não seja um poeta a altura do seu nome
por via das dúvidas vou acabar o poema sem dizer explicitamente o seu nome”

— Seu nome, de Fabrício Corsaletti.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Sinceramente, nem é verdade...

Quando não há compaixão
Ou mesmo um gesto de ajuda
O que pensar da vida 
E daqueles que sabemos que amamos ?

Quem pensa por si mesmo é livre
E ser livre é coisa muito séria
Não se pode fechar os olhos
Não se pode olhar pra trás
Sem se aprender alguma coisa pro futuro

Corri pro esconderijo
Olhei pela janela
O sol é um só
Mas quem sabe são duas manhãs

Não precisa vir 
Se não for pra ficar
Pelo menos uma noite
E três semanas

Nada é fácil
Nada é certo
Não façamos do amor
Algo desonesto

Quero ser prudente
E sempre ser correto
Quero ser constante
E sempre tentar ser sincero


E queremos fugir
Mas ficamos sempre sem saber

Seu olhar
Não conta mais histórias
Não brota o fruto e nem a flor

E nem o céu é belo e prateado
E o que eu era eu não sou mais
E não tenho nada pra lembrar

Triste coisa é querer bem
A quem não sabe perdoar
Acho que sempre lhe amarei
Só que não lhe quero mais

Não é desejo, nem é saudade
Sinceramente, nem é verdade

Eu sei porque você fugiu
Mas não consigo entender



 Nem precisa de créditos

terça-feira, 9 de abril de 2013

Talvez você nem queira ouvir

É mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora...





Estou no começo do meu desespero, e só vejo dois caminhos: ou viro doida, ou santa.

Adélia Prado

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Droga


Eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno, bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme, só olhando você, sem dizer nada, só olhando e pensando: meu deus, mas como você me dói de vez em quando.


Fodástico Abreu

E eu espero o teu amor como se fosse para mim, com dúvidas e esperanças


O amor é possível? (…)

Eu ri um riso de compreensão. Quem liga num dia comum, no meio da rotina sem graça dos adultos e lança tal pergunta? Você não quis saber de emprego ou de fofocas. Você tinha pouco tempo e uma dúvida só: o amor é possível?

Senti certa culpa por não ter te respondido antes que perguntasse, eu precisava ter contato. Mas nunca é tarde e com a mesma naturalidade eu te dou a minha resposta:

- Sim, é possível.

E completo:

- É possível, mas eu não sei o caminho até ele.

Não sei o caminho, pois ele surgiu para mim como crianças desaparecem aos nossos olhos – sorrateiramente. Não consegui saber de onde veio. Expliquei logo para não lhe dar falsas expectativas. Mas isso não importava naquele momento. Saber que era possível bastava.  

A questão não era se o amor existia, ele existe - você sabe, eu sei, nós sabemos. O que você queria saber era se outro tipo de amor existia. Se é possível amar a mesma pessoa com quem queremos dividir o corpo e a alma. Ou mais, se é possível ser amado por essa pessoa. É possível. O ser amado existe, em todos os sentidos. Suspiro de alívio. Confesso, tive tanto medo de isso ser invenção, sabe? Assim como você tem. E não, não existe ilusão nessa afirmação. É possível na realidade, no presente, na rotina, nos desencontros e nas diferenças. Se é eterno? Sobre futuro não sei dizer. Sobre eternidade eu não sei nada. Daqui a muitos anos terei essa resposta. Ou não.

Então você acredita aliviado em saber que não está esperando o impossível. Você acredita porque eu acredito. E eu espero o teu amor como se fosse para mim, com dúvidas e esperanças. Mas, sobretudo com o cuidado de estar atento para não deixá-lo passar e com a distração de estar leve para não deixá-lo pesar. Amar é coisa rara. Ser amado é mais raro ainda. Nossa busca não chegou ao fim, continuamos os mesmos.

Você desligou o telefone e seguimos nossas vidas. Você levou um pouco de esperança e me devolveu um pouco de busca. Estamos no mesmo caminho. É da estrada que precisamos.


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Legião de carinho, força e cuidado.

Todos se afastam quando o mundo está errado
Quando o que temos é um catálogo de erros
Quando precisamos de carinho
Força e cuidado...

Eu gosto muito de omelete, ainda mais quando estou triste. E daí que eu não tenho forças p fazer. É algo que eu gosto, e por eu gostar tanto eu preciso receber como carinho. Ele fez ovos mexidos, achando que era omelete, eu tive uma crise ( ainda maior) de choro, fui para o quarto. Fiz pirraça. Meu mundo acabou, eu queria omelete, chorei um mundo, minutos depois ele abriu a porta com uma bandeja, repleta da omelete mais gostosa que eu já comi em toda a minha vida.

( Preciso me  defender e explicar que há tres dias estou com dores de cabeça e que ontem fiquei na emergência de um hospital. Então, tenho que procurar um neurologista e qq ruído ou cheiro forte me levam a loucura com dores e enjôos.) 
Não foi só pirraça. Tem sido punk.

Ele e seu carinho, sua força e o seu cuidado. Me colocando de novo e de  novo no meu papel de patética.


segunda-feira, 1 de abril de 2013

Meu Ivan...



Há exatos 30 anos existe um carinha que consegue ter exatamente os mesmos pensamentos que eu. E as mesmas atitudes. A vontade de arrumar a vida para que ela se encaixe na vida da outra pessoa e que prefere não ter que sair de casa e poder ficar assistindo filmes na cama e jogar vídeo game. Alguém que prefere viver a party hard da vida no mundinho de um apartamento, assim como eu. Carinha que tem os jogos organizados. Carinha que curte quebrar uns copos.

Um carinha que , apesar do brilhantismo, é o cara mais humano que já conheci, mais simples, mais elegante e educado. Um cara que curte gastronomia invencionais como eu. Ele tem aflição por  insetos. Ele é o meu lugar preferido. Ele que passa o dia lembrando de algo pra não esquecer e, no fim do dia, não faz ideia de que precisava lembrar . Ele é alguém que as pessoas não têm medo de chegar perto. Um cara que eu abracei no dia do meu aniversário e tive aquela sensação linda de reconhecer alguém que há muitos anos eu já conhecia - e admirava absurdamente.

Ele tem muito futuro. Eu já consigo prever como ele será só analisando a minha própria vida e vendo como somos parecidos.

Ele é melhor que eu. É a personificação do que é saber perfeitamente TUDO o que acontece no mundo relacionado à cultura. E poder conversar horas e horas sobre todas as coisas da vida. É aquele cara que sempre sabe do que se trata. O cara que sabe ler nas entrelinhas, sabe me perceber com um olhar, que sabe chegar ao ponto certo da ironia. O cara que tem a pretensão de viajar e de conhecer e de saber ainda mais do que toda a bagagem que já sabe em seus 30 anos de vida que completa hoje.

Ele é dono do meu amor, do meu olhar, ele me guia, me cuida, me orienta, me equilibra, me regenera e me satisfaz.

Posso falar de boca cheia, porque hoje eu sou dona da maior paz que uma pessoa pode receber de outra.

Meu melhor amigo.

A melhor pessoa que eu já conheci em toda a minha vida.