quinta-feira, 28 de junho de 2012

Se ninguém tem culpa não se tem condenação





Não fui eu nem Deus não foi você nem foi ninguém
Tudo o que se ganha nessa vida é pra perder
Tem que acontecer
Tem que ser assim
Nada permanece inalterado até o fim
Se ninguém tem culpa não se tem condenação
Se o que ficou do grande amor é solidão
Se um vai perder outro vai ganhar
É assim que eu vejo a vida e ninguém vai mudar


Eu daria tudo
Pra não ver você chumbada
Pra não ver você baleada
Pra não ver você arreada
A mulher abandonada
Mas não posso fazer nada
Sou só uma quase escritora, nada popular...


quarta-feira, 27 de junho de 2012

terça-feira, 26 de junho de 2012

Over?

Eu percebia, não pense que eu não percebia que te deixava inquieto quando ficava muito tempo olhando para você ou em transe olhando para nada e me via desafiada a todos os instantes em tentar explicar ( à toa) pra onde fui...

Eu te disse que eu adorava a gente?

Na facilidade com que morríamos de rir e na forma de nunca nos levar a sério durante esse tão pouco tempo?

Você me achava irritante. Minha mãe também.
Me sinto incompreensível por esses dias. Perdida, colidindo, frustrada ainda.
Sinto uma falta monstruosa sua.

A sua presença nessa parte do meu caminho me deu muito mais que régua e compasso.

Você percebeu tão cedo que 5 milhões vezes zero é zero, percebeu né? Percebeu nada, você sabia. Sempre soube do vazio no meu peito. Esse coração incapaz e ao mesmo tempo tão promissor.

Me assusta e me perco em meio a esse processo de soltura, de me deparar com um laço tão frouxo.

Agradeço pelos dias, risos, viagens, rotina, movimento, motivação. Agradeço pela proteção. Consigo dissociar e hoje vejo que talvez teria agido da mesma forma e desculpas quando mencionei a manipulação e tantas outras não boas saindo da minha boca quando quis te ferir de volta, porque né? eu fui ferida. Em um curto espaço de tempo, fui ferida again. Que vacilo esse seu.

Você queria  alguém para amar. Eu também.

A gente sempre sabe quando acaba.
Sabe sim.



Me deixa

Intrigante a sincronia de algumas almas - mesmo quando se pensa haver apenas dissonância.
Eu nem sempre caibo no que desejo; Percebi  isso já faz algum tempo e  nem me assusto mais. Eu não caibo, mas eu  coincido e sincronizo ás vezes.
E é fato, isso não me faz mais infeliz, veio como o  alento para o fato de estar crescida. 
Houve a época em que eu me debatia, conseguia seguir negando e a sensação de conforto durava segundos, e depois enxergava os fatos com uma dissonância monstruosa.
Sou teimosa, sou autoritária, não sei mais namorar, tenho dificuldades em me relacionar emocionalmente, mas, eu  não minto, simplesmente porque não sei, se soubesse, mentiria sim, faria a minha vida mais fácil, se eu soubesse mentir, seria uma cretina e sairia por aí oferecendo ações, palavras desejadas, comportamentos apropriados, postura subserviente. Seria  a menina fácil, previsível, constante, estaria casada, com filhos e assando bolos.
Mas, sou intensa, insana, imediatista. Isso é quem eu sou.


Exijo o que ofereço. Sempre.
E eu sei o que é sentir a dor de sermos quem somos. E sei também o que é conquistar o prazer de ser quem eu sou.
Sou ? estou?
Qual o período? Quais as cláusulas? Quais as exclusões? Quais as garantias?
 Sei lá. Tenho respostas não, nem planos, nem estratégias ou grandes expectativas.
Me mantenho nos paralelos, tentando estar presente nas vias principais.
Quando eu quiser, como eu quiser, por quem eu quiser e da forma que eu puder.
Não caibo na hipocrisia, não caibo.




Não tô e tô aqui de bobeira.
.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Submeta-se


"Escreva sobre o que te dá medo, sobre o que te dá vergonha, sobre o que você ama. 
Escreva sem julgar, escreva sobre os outros. 
Escute conversas alheias, mesmo se as pessoas te parecerem estranhas. 
Ande de ônibus e de metrô e observe tudo.
 Lide com pessoas de diferentes profissões e idades.
 Não fique cercado por pessoas que tem a sua idade e fazem a mesma coisa que você. 
Aliás, fuja delas."
 (Resposta de Pedro Almodóvar para uma cineasta iniciante, quando ela pediu um conselho)


Acho mesmo que essa dica vale pra tudo. Desde pirralha sigo nessa direção.



domingo, 24 de junho de 2012

Palavras do coração
















São sorrisos largos
Lagos repletos de azul
Os corações atentos
Ventos do sul
São visões abertas
Certas despertas pra luz
A emoção alerta
Que nos conduz

Sonhos aventuras
Juras promessas
Dessas que um dia acontecerão
Você me daria a mão?
Todos estes versos soltos dispersos
No meu novo universo serão
Palavras do coração

Os artifícios
Vícios deixando de ser
Os velhos compromissos
Pra esquecer
São pontos de vista
Uma conquista comum
O mesmo pé na estrada
De cada um

Sonhos aventuras
Juras promessas
Dessas que um dia acontecerão
Você me daria a mão?
Todos estes versos soltos dispersos
No meu novo universo serão
Palavras do coração.



                                                             A voz linda é dela


                                                        Só quero se for assim.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Ele é inteiro

Chegou pra separar o bem do mal

dar uma apimentada no doce dos dias.

Veio pra brincar carnaval com muito juízo no copo.

Veio pra distrair a solidão e dizer palavras três palavras guardadas

acalmar meu coração sem saber, sabendo.

Veio pra ter luz no escuro e confundir mais ainda minha confusão.

Não teve flor, só um rock. Dos bons.

Veio sem querer achar sua metade. Ele já era inteiro.

Veio fazendo a melhor companhia.

Veio querendo ser cada um, com desejos fora de hora.

De chocolate, amor e risos.

Veio sem nenhuma fórmula pronta.

Veio cheio de alternativas e desenhos coloridos.

Veio sem falar nada, sem me mostrar nada, sem hora marcada.

Veio só pra ver e acabou ficando.

Abri a porta e falei:

- Pode entrar. Mas vem querendo ser feliz


Espia?

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Como é difícil entitular, resumir, definir, só para atrair.


O meu narizinho, é o primeiro local por onde o ar passa até alcançar os meus pulmões. Ele teria que limpar, umidificar e aquecer o ar que eu inspiro.

Então, que desde quinta ele tem me dado alerta de que alguma coisa estranha estava querendo entrar. Dái, ele tratou de impedir que essa coisa que eu não sei o que é ( levando em conta que há 5 anos não tinha crise, que semana passada comi siri e camarão e que minha casa estava bem sujinha), de chegar aos meus pulmões.

Então descobri que o meu nariz é muito eficiente e que ele tratou rapidamente de obstruir a passagem do agente secreto invasor...Mas, como ele faz isso? através dos espirros e coriza, através de muitos espirros, milhares deles e através de coriza, litros e litros de coriza...

Já sabia desde os tempos de criança que essa reação é normal. Mas, saber e aceitar e conviver são ações bem distintas né não?

A pessoa alérgica não sofre de falta de defesa do organismo, ao contrário, ela possui uma defesa exagerada contra os agentes secretos potencialmente invasores agressivos e destruidores de narizes alheios...Então, isso quer dizer que eu, a pessoa em questão, sou hiperreativa a determinadas substâncias que a uma pessoa normal não despertaria nenhuma resposta, preocupação, temor...Opa, olha a metáfora aê pra toda a minha vida...

E ele explicou que o paciente alérgico não nasce hiperreativo (com alergia), mas sim com a capacidade de sensibilizar-se a determinado fator. Jura?

Tornar-se sensível significa passar a ter uma resposta de defesa a uma substância que antes era tolerada. (Entende? Por que de repente as coisas mudam?) Chega uma hora em que a casa cai.

Isso significa que podemos conviver com determinada substância por muitos anos, e vir a desenvolver sintomas apenas tardiamente. Pois é, pois é...

Essa característica é herdada dos pais? Pode ser, pode não ser...

O que causa a crise? Vários fatores.

O que cura? Nada. Só quando o universo resolve te deixar em paz.

Cerca de 10% a 25% das pessoas sofrem de rinite alérgica e asma. E  Eu sou uma delas. 


Sério, eu passo, troco aê por outra estatística.

Ah, mas as  previsões para o futuro, segundo a Marie Claire é glamour purinho. Cumpre reconhecer.

 Espia:

Brilhe e prepare-se para o sucesso! A fase trará conquistas importantes na carreira e na vida pessoal. Bom período para resolver assuntos financeiros do passado, receber dívidas e decidir novos investimentos. Mudança grande no ambiente social aumentará seu interesse por política e pelos problemas coletivos. Os encontros da semana darão no que pensar. No amor, as diferenças poderão ser maiores que as afinidades, mas os sentimentos estarão acima de qualquer julgamento. Espere dias melhores. 

Tudo bem cara, eu sei que não há nenhum tipo de alívio nas doenças compartilhadas. Mas, essa página e minha, o tempo é meu, então, se vira aê.

Não tem muita lógica, ser eu, ser a pessoa que entra em processo de mudez e que quase morre por causa de uma alergia, a pessoa que não consegue namorar, confiar, se expressar, então é norma que ao longo da minha vida, as pessoas que eu mais precisava que entendessem são sempre as primeiras a se afastar. Tudo bem cara, eu entendo juro, aceito e até apoio por que eu me afastaria de mim correndo...

Se eu  tivesse escolha.

domingo, 17 de junho de 2012

Pausa na poesia

Eu preciso que algúem me explique uma coisa. Procurei no Google, mas, não tive respostas satisfatórias...
De onde sai tanta secreção quendo estamos com rinite? Sério.
Dois dias assoando ( é assim que escreve?) dois dias, várias caixas de lenços e sempre sai muita coisa, de onde vem isso, isso tudo estava dentro de mim? Onde?
Se alguém souber seria uma boa hora pra me explicar, porque eu tô precisando de respostas.

Parece que eu sou feita disso, dessa secreção, dessa gosma. Eu sei, eu sei, nada poético e costumaz, mas enfim, é o que temos, porque eu estou muito irritada, rinite me deixa irritada, tenho vontade de bater em mim. Meu nariz coitado, coitado.

Parei de fumar, tive crise grave de asma e sou outra mulher a partir de hoje...Sérião.
Mas, eu continuo precisando da resposta acima. E de um nariz novo. E de paciência.

Adoecidamente,

Maria

Meu coração e suas cores

Eu não gosto de abandono, por isso acolho. Por isso recolho e não costuro sorriso porque chorar é preciso. Porque não importa se o desenho é feio. Ou se a ferida é doída. Ou o dedo do meio foi pra mim. Eu contorno e de um jeito ou de outro, sempre tenho uma cor pra mudar a história. E na vida, a gente aprende que quanto mais a nuvem pesa e se enche de cinza, mais forte vem a chuva. Ou o choro. Sorte é ter um coração cheio de pancadas, metido em tempestades e sujeito a trovoadas. Esses sim são corações maduros de forte. Não de vez. Tenho um coração de todas as cores. Que amanhece azul e adormece vermelho ou bege ou rosa ou verde ou roxo ou...qualquer cor serve, porque quanto mais cor no coração, aprenda: Mais  COR-AGEM na vida.


Já foi lá?


Obrigada por estar contribuíndo com as cores em minha vida.


sábado, 16 de junho de 2012

Porque às vezes Meu coração não responde Só se esconde e dói...


Uma grande perda não tem graça nenhuma. 

Numa grande, enorme, abissal perda, não há encantos, filosofia ou espaço para manobra. 
Uma grande perda não dignifica, não nos torna maiores, mais atilados, nem bondosos de coração, não garante mais gentilezas ou cafunés dos que os que receberíamos não fosse a grande perda tão grande (acredite, eu sei do que falo). 
Não há nada de belo, de romântico, de etrusco, de francês-dos-anos-vinte, de vitoriano, de romano, de renascentista numa grande perda. Não, sexo-afetuoso-consolador-vem-cá-meu-bem-que-tudo-vai-melhorar não é uma opção. 
Não há nada de belo numa grande perda, numa perda enorme, numa perda abissal. Não, nós não saímos do outro lado do túnel pessoas melhores.
Não, não. 
E nem mais sábios, mais felizes, mais inteligentes, mais descolados. Não. 
Uma grande perda, uma perda enorme, uma perda abissal só vai nos tornar mais frágeis. 
Nossa pele fica mais fina, nossos olhos maiores, nossa voz mais grave (o que no meu caso significa dizer que há dias em que me pareço com um travesti-fumante-com-a-garganta-inflamada e quando atendo o telefone, o interlocutor pergunta "o senhor é o dono da casa?"). 
Depois de uma grande perda, a música tema do Parque dos Dinossauros vai nos arrancar lágrimas e soluços.
Uma grande perda, uma perda enorme, uma perda abissal, leva parte, boa parte, da nossa capacidade de amar. De acreditar. De esperar. E de negociar, principalmente. 
Uma grande perda nos torna irascíveis, amargos, impacientes, uns cretinos. 
No meu caso, mais cretina. 
A grande perda, a perda gigantesca, a perda definitiva levará nossos cabelos. Nossas vaidades. Nossa coleção de copinhos de saquê. Nossos livros de receita e nossas meias coloridas. Levará nosso melhor sorriso, nossos parcos talentos e um pedação da nossa capacidade de nos surpreender – para o bem e para o mal. 
Uma grande perda, uma perda importante, uma perda de verdade, tira parte vital da nossa capacidade de indignação. Da nossa capacidade de brincar com quebra-cabeças, de ver filmes sobre doenças terminais, de ler livros sobre coisas horrorosas. leva parte importante também de nossa vontade de viver, do valor que damos para as coisas – e eu não estou falando do time, do i-pod e do batom da MAC. Não, depois de uma grande perda você não andará por aí louvando o sol e as margaridinhas. Quem faz isso não perdeu o maior e o mais importante, creia. 
Uma grande perda nos castra, cala, mutila e anula. Não há volta para as grandes perdas, as perdas enormes, as perdas abissais. 
Não há volta e por isso, só por isso, seguimos em frente. 
Uma grande perda avacalha nosso esquema, estraçalha nossos planos, esmigalha nosso fígado e bota um certo tremor em nossas mãos. 
A única coisa que talvez advenha de uma grande perda, e que talvez seja aproveitável - note, eu não disse 'boa', 'positiva', 'bacana', e nem nenhuma babaquice dessas, eu disse aproveitável; e note, também, que eu usei dois ‘talvez’ – sobre uma grande perda, é que ela nos dá a exata dimensão do que é e do que não é. 
De modos que no meio duma belíssima crise, depois do mais surreal dos diálogos, você e eu, que já sofremos uma grande perda, uma perda enorme, uma perda abissal, paramos de chorar e vamos pendurar roupa e ligar para o moço vir entregar o sabão em pó para lavarmos o banheiro: nós já perdemos mais, já perdemos melhores, já perdemos o que importa. 
Foda-se. 




E aqui ...                                                                      . 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Patriciando

Preciso dizer que você me comove.
Me comove a sua calma, a sua concentração, o seu equilíbrio.
Você faz parte da minha vida há pouco tempo, mas, desde o primeiro dia você me intrigou.
Porque você é uma daquelas pessoa estranhas...

Eu tenho um montão de coisas pra conquistar e eu não posso ficar aqui parado...

Quem disse?

A partir de você eu pude entender que a gente pode ter um montão de coisas pra conquistar sim, mas,  que é mais importante  permanecer parada porque muitas vezes basta apenas saber o que se quer, desejar com toda a força do universo e esperar o tempo certo das coisas.

Aprendi que parar, analizar, ponderar faz acontecer da forma correta, da forma gostosa.

Minha amiga calada, dona de um olhar esclarecedor, entregador,sonhador.
Uma moça bonita de olhar agateado, cheia dos mistérios, dos segredos, sabedora das coisas, determinada, humana, generosa, bondosa, ética.
A moça que você quer ser amiga quando ver na rua, quando ver no shopping, no trabalho, a moça que você quer parar e perguntar: - Ei, onde você comprou esse vestido tão incrível?

Você estava com um desses vestidos incríveis quando a vi pela primeira vez e estava muito calada e me observando sentada na recepção. E foi essa a vontade que me deu, de saber de onde você vinha, pra onde você ia e o que a constituia.

Constituida de sonhos, sonhos simples, milimetricamente detalhados e listado através do seu bloco  de notas imaginário.

Hoje é o seu dia, hoje uma década inteira fica no passado, hoje você deixa, (deixa veja bem), não perde, você deixa voluntariosamente essa fase de Patricia mais 20 e pondera e reflete e recomeça e se reinventa e se empanturra de mais metas, de mais setas e esperança.

Te chamo pra festa e você só quer atingir a sua meta.

E eu preciso dizer que isso me comove, que me enche de ternura e respeito.

Patricia Riceli, tão fácil de amar que chega a ser estranho.

Quero você, o seu olhar, o seu silêncio, os seus vestidos na minha vida toda.

Meus beijos, minha amizade, minha admiração e o meu sólido e ansioso amor.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Sou sua caixa-preta, sua cópia de segurança, seu diário, seu esconderijo na parede.

Eu decorei suas fraquezas, acalmei seus pesadelos.
Conheço histórias de sua infância, dores e repulsas.
Sou sua caixa-preta, sua cópia de segurança, seu diário, seu esconderijo na parede.
Poderia imitar sua caligrafia, poderia escrever sua biografia, listar o material escolar da 5ª série, recordá-lo  da capa de bichinhos coloridos da cartilha Alegria de Saber.
Você não escondeu nenhuma resposta de minhas perguntas. Nenhuma gaveta para a minha curiosidade.
Nunca se revelou tanto para outra pessoa. Expôs quem odiava no Ensino Médio, quem amava, quais as gafes e as covardias que experimentou na escola.
Confidenciou aquilo que seu pai omitiu e que magoou fundo, aquilo que sua mãe gritou e feriu fundo.
Não tem anticorpos contra mim. Baixou as armas, depôs a mínima resistência.
Se você me escolheu para confiar, devo ter o dobro de tato para falar contigo, o triplo de responsabilidade. Qualquer um conta com o direito de falhar, qualquer um desfruta da possibilidade de errar, menos eu. Sou a que realmente estudou seus pontos fracos e o lugar de suas veias.
Perdi a desculpa do acidente, a vantagem do lapso.
Sou a mais perigosa, portanto tenho a obrigação de defendê-lo de mim. Tudo o que ouvi a seu respeito não posso empregar para agredi-lo. Cada desabafo que me confiou não serve para nada, a não ser para amá-lo.
Não tem finalidade doméstica, nem serventia para fofoca, é uma amnésia alegre: escuto, sorrio e consolo.
Não ouso soprar verdades sem sua permissão. São arquivos protegidos.
Quem ama mergulha em hipnose regressiva, firmamos um código de quietude e cumplicidade, de zelo e compromisso.
Intimidade é um conteúdo perigoso, tóxico, explosivo. Há os casais que esquecem que estão levando a valiosa carga e transformam a catarse em tortura psicológica, em chantagem emocional, em sequestro moral.
Suas confidências morrem comigo ou eu vou morrer nelas. Não podem retornar numa briga. Que eu morda a língua, queime a boca, mas não use jamais seus segredos. Aquilo que você me disse não é para ser devolvido. Todo segredo é um sino sem pêndulo.
Não importa o que faça ou as razões da raiva, é covardia distorcer suas lembranças.
Não posso rifar seus problemas, nem propor leilão dos seus medos.

Eu prometo cercar seu silêncio com meu silêncio.
Não nasci para julgá-lo, mas para me julgar e, assim, merecê-lo.


Nasci para você.




Carpinejando com toda licença poética.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Me acorda sempre

Sabe o que é ser acordada só para ouvir que a pessoa ama você? e que te acha muito especial e ligar só pra te agradecer por você ser quem você é? do jeito que você é?
Sabe? Isso é felicidade, nessas horas meu copo transborda de emoção.

Uma boa semana a todos nós e que sejamos acordados sempre bem de madrugada, porque tem alguém de longe pensando em você com muito amor e ainda é uma daquelas pessoas que não desistiu de demonstrar.

É segunda e eu já ganhei a semana!!!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Eu acho que você não sabe






Sabe o que é chorar muitas verdades?
Chorar muitas mentiras também?
Chorar o abraço que você queria?
Chorar o beijo e o querer de estar lá?
Sabe o que é  correr não querendo fugir? 
Sabe o que é lembrar querendo chorar? 
Sabe o que é escrever querendo gritar? 
Sabe o que é sentir muito?
Sabe o que  é ter especialidade em sentir muito?
Sabe o que é carregar um monte de palavras e vontades?
Sabe o que é querer  seguir não querendo saber nada disso?

Eu sei que a gente nem sempre [pode] faz[er] o que quer, nem sempre [pode] ajeita[r] as coisas da maneira que queremos tanto. E é fato que isso é coisa antiga, todo mundo sabe disso - ou pelo menos deveria saber.

Então?

quinta-feira, 7 de junho de 2012

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Em busca da cura

O primeiro corte é o mais profundo, é ele quem dilacera, expoe, e sensibiliza o que há por dentro.É ele que através dessa exposição, com essa via de acesso, nos traz possibilidades acessíveis, definitivas, claras.

Porque esperar? porque manter-se doente durante todo um período, pra que gerar ainda mais desgaste, ansiedade, esperanças tolas e infundadas?

Qual seria o motivo dessa peregrinação diária?

Não  exige-se  melhoras, procura-se por elas.

Uma vez que os sintomas não se mostrem de forma claro, eu ainda sou daquelas que apreciam o corte.

Lido bem depois de tantas experiências com a faca, tesoura, lâmina.

Eu lido bem. Estou me expondo, estou cortada, mas, sou dessas que acredita que talvez amanhã, consiga retirar a casquinha e entender que temos limites  na espera.

E eu acredito que a dor, o caos são momentâneos, e eu prefiro adquirir a  intimidade em lidar com eles se comparado a  uma ilusão vaga e  cheia de poréns.

terça-feira, 5 de junho de 2012

***

É triste ver  como as pessoas se enforcam sozinhas...

***

O sentimento está indo embora quando eu percebo que só  enxergo os defeitos.

***

"A vida é só uma invenção e a verdade não passa de uma combinação entre as pessoas"
                                           Cordel Encantado





segunda-feira, 4 de junho de 2012

Limpinha, arejada e leve.

Estou sobrecarregada de pessoas cheias de formalidades e ocas.
Eu nasci na naturalidade.
Não tenho que compensar os outros, agradá-los, me tornar um ser artificial, tolhido, previsível.
Época repleta de decoros, pessoas adotando virtudes fakes, consumindo o que não se quer e tentando agradar quem não suporta e morrendo sozinhas de tédio e prestações...
Prestando a quem não deveria, memorizando retóricas, atualizando-se de banalidades e competindo consigo mesmo night and day.
Fui educada na espontaneidade.
Somente trilha o meu caminho os espontâneos, os naturais, os cheios de vida.
Lembro que há tempos atrás, me dei conta de que meu coração não era uma comunidade, não cabe tantos desabrigados imaturos, egoístas e irresponsáveis...
Essa história de que sempre cabe mais um não procede. Não, não cabe. De uns tempos para cá, só tem morada em mim quem se mostra, se submete, se engana, retrocede, se permite e dessa forma faz por merecer este abrigo.
 Não há cobrança de aluguel, luz, água, taxas e impostos, mas é fundamenatal que essas pessoas sejam entupidas de equívocos e que tenham consciência sobre si mesmo e dessa forma, seguir na tentativa da manutenção permanente que é o bem estar em si próprio. Bem estar em si.

Para quem me ler assim logo pela manhã, e ver esse post assim recuado a esquerda, acha que parece um dia de mau humor, tpm, decepções recentes. Aviso, não  se trata disso. A experiência que vivo hoje é a força da mudança e nessas horas se faz necessário ceder e se refazer. 

Again.


Manter-se limpinho, arejado e leve.

Um ode ao meu pai e a minha mãe.

domingo, 3 de junho de 2012

Colando

“Tentei descobrir na alma alguma coisa mais profunda do que não saber nada sobre as coisas profundas. 
Consegui não descobrir.” 
(Manoel de Barros)

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Mariando

Eu acredito
Em crianças menores de 4 anos;
Em mulher com mais de 60 anos;
Em mim quando estou apaixonada.

Me perturba
O elitismo;
Mendigos;
Artificialidade.

Me comove
Presentes sendo embrulhados;
Presentes sendo desembrulhados;
Abrir o portão para visitas...

Me cura
O som da sua voz chegando aos meus ouvidos.
O cheiro da sua pele inebriando os meus sentidos;
O seu toque lento confundindo  o meu cérebro.