quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

As pessoas quebram

O que eu poderia dizer a você, Catarina? A verdade? A verdade você já sabia, você tinha acabado de descobrir. As pessoas quebram. Até as meninas quebram. E, se as meninas quebram, você também pode quebrar. E vai, Catarina. Vai quebrar. Talvez não a perna, mas outras partes de você. Membros invisíveis podem fraturar em tantos pedaços quanto uma perna ou um braço. E doer muito mais. E doem mais quando são outros que quebram você, às vezes pelas suas costas, em outras fazendo um afago, em geral contando mentiras ou inventando verdades. Gente cheia de medo, Catarina, que tem tanto pavor de quebrar, que quebram outros para manter a ilusão de que são indestrutíveis e podem controlar o curso da vida. E dão nomes mais palatáveis para a inveja e para o ódio que os queima. Mas à noite, Catarina, à noite, eles sabem.

Existe gente, Catarina, que não consegue dar sentido, ou acha que os farelos de sentido que consegue escavar das pedras são insuficientes para justificar uma vida humana, e quebra. Quebra por inteiro. Estes você precisa respeitar, porque sofrem de delicadeza. E existe gente, Catarina, que só é capaz de dar um sentido bem pequenino, um sentido de papel, que pode ser derrubado mesmo com uma brisa. E essa brisa, Catarina, não pode ser soprada pela sua boca. Ser forte, Catarina, não é quebrar os outros, mas saber-se quebrado. É ser capaz de cuidar de seus barcos de papel – e também dos barcos dos outros – não como uma criança que os imagina poderosos, de aço. Mas sabendo que são de papel e que podem afundar de repente.



É isso...Aqui...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Carece

Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.

Paul Auster

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Pequenas Magias


Nossa casa tá linda. Aos poucos vamos colocando nossas vontades e cores no lugar. Eu com ele, é sadio, sabe? Não existe um jeito certo de se fazer tudo isso, pensei. Não existe um jeito, existe eu, existe ele, existe eu do meu jeito, existe nós dois do nosso jeito e existe o conforto e a maturidade em nos aceitarmos desse jeito... E a coisa saiu. E tudo funciona, e eu sou feliz, e ele é feliz.

O meu melhor amigo é o meu amor.



quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Das réguas e compassos



                                         Não me traga nada não, gosto de buscar.


                                       

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013



Eu devia ter escrito algo lindo, sobre as mudanças que já começaram na minha vida, sobre o casamento, sobre o trampo, sobre a carreira, sobre a vida...









         

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Na minha vida tem gente de verdade...




Alguém falou do fim-do-mundo,
O fim-do-mundo já passou
Vamos começar de novo:
Um por todos, todos por um

Sem essa de que: "Estou sozinho."
Somos muito mais que isso.

Eu preciso e quero ter carinho, liberdade e respeito
Chega de opressão:
Quero viver a minha vida em paz
Quero um milhão de amigos
Quero irmãos e irmãs
Deve de ser cisma minha
Mas a única maneira ainda
De imaginar a minha vida
É vê-la como um musical dos anos trinta
E no meio de uma depressão
Te ver e ter beleza e fantasia.

Eu sei dizer eu te amo!