terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Meu caminho ficou mais leve.



Tem ternura e  encantamento permeando a minha vida. Sempre terá...
Por ainda ter esses  sentimentos como base nas minhas relações, me coloco a  escrever, e talvez por isso o Palavras Pequenas parece o blog de uma menina fofa e feliz. É que eu opto por esse  olhar doce; não quero perdê-lo. Nos últimos anos tenho sentido muito medo de  perder a capacidade de olhar os outros dessa forma, com  doçura, especialmente quando há tanta convivência... Me dei conta que  só muito afeto dá conta de aliviar as máscaras que vão caindo no dia a dia...

E eu tenho a ternura, a doçura, os sorrisos, e a cara feia e minha pose de durona que surtiam efeito. Nesses anos de amadurecimento, me deparei com tantas pessoas terríveis, e vou aprendendo a lidar com esses seres humanos. 
Tô mais velha, mais esperta,  e mesmo assim precisei  lidar com  hipocrisia, maldade, mesquinhez e até uma certa dose de perversidade. E, olha, não é legal.  É indescritivelmente menos que legal. Num primeiro momento, fui em busca da  minha capacidade de compreensão. Eu sou uma pessoa bem compreensiva - e ok,  isso não tem sido  sempre  bom. Sempre entendo os vários lados, sinto compaixão, não sairei dessa encarnação por falta de empatia. Daí não tive outra escolha a não ser tentar ser ser compreensiva: É difícil se adaptar a mudanças, as transições são complicadas, Pensava, poxa é só mais um ser humano  que ainda tem muito a aprender, calma, eu vou conseguir lidar, vai dar tudo certo. 
É, não deu. A empatia foi vencida pela complexidade da situação, e, mais uma vez, nesses anos como a Maria, a doçura escapou de mim. Houve um dia  em que parei, sentei e pensei: "não dá!". E foi bem libertador. Ora, às vezes dava, eu sempre entendia, no fim, as coisas se ajeitavam, eu conseguia sorrir e me entregar novamente ao  final das horas. 
Dessa vez, não houve afeto, não houve doçura. Meu estoque de gentileza e educação se esgotou, como posso oferecê-los a quem não tem a mínima ideia do que seja isso? . Descobri que há pessoas que não valem a pena, nas quais a gente não deve lidar. E mais uma  vez, eu não queria estar de jeito nenhum com mais uma daquelas  pessoas que estavam levando, ao último patamar, a imaturidade de quem não entende que a  vida não é como a gente quer.

Pessoas são capazes de muitas coisas - boas e ruins. Mas elas não me influenciam. 
E mais uma vez não há outro sentimento que não seja  o de alívio. 
Menos um. 

Não quero essas faltas nos que me rodeiam.







quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Sou sua caixa-preta, sua cópia de segurança, seu diário, seu esconderijo na parede.


Já te fiz muitos posts, são quatro, ou cinco, ou seis, ou mais
Eu sei demais
Que tá demais...
...

Eu decorei suas fraquezas, acalmei seus pesadelos.
Conheço histórias de sua infância, dores e repulsas.
Sou sua caixa-preta, sua cópia de segurança, seu diário, seu esconderijo na parede.
Poderia imitar sua caligrafia, poderia escrever sua biografia, listar o material escolar da 5ª série, recordá-lo  da capa de bichinhos coloridos da cartilha Alegria de Saber.
Você não escondeu nenhuma resposta de minhas perguntas. Nenhuma gaveta para a minha curiosidade.
Nunca se revelou tanto para outra pessoa. Expôs quem odiava no Ensino Médio, quem amava, quais as gafes e as covardias que experimentou na escola.
Confidenciou aquilo que seu pai omitiu e que magoou fundo, aquilo que sua mãe gritou e feriu fundo.
Não tem anticorpos contra mim. Baixou as armas, depôs a mínima resistência.
Se você me escolheu para confiar, devo ter o dobro de tato para falar contigo, o triplo de responsabilidade. Qualquer um conta com o direito de falhar, qualquer um desfruta da possibilidade de errar, menos eu. Sou a que realmente estudou seus pontos fracos e o lugar de suas veias.
Perdi a desculpa do acidente, a vantagem do lapso.
Sou a mais perigosa, portanto tenho a obrigação de defendê-lo de mim. Tudo o que ouvi a seu respeito não posso empregar para agredi-lo. Cada desabafo que me confiou não serve para nada, a não ser para amá-lo.
Não tem finalidade doméstica, nem serventia para fofoca, é uma amnésia alegre: escuto, sorrio e consolo.
Não ouso soprar verdades sem sua permissão. São arquivos protegidos.
Quem ama mergulha em hipnose regressiva, firmamos um código de quietude e cumplicidade, de zelo e compromisso.
Intimidade é um conteúdo perigoso, tóxico, explosivo. Há os casais que esquecem que estão levando a valiosa carga e transformam a catarse em tortura psicológica, em chantagem emocional, em sequestro moral.
Suas confidências morrem comigo ou eu vou morrer nelas. Não podem retornar numa briga. Que eu morda a língua, queime a boca, mas não use jamais seus segredos. Aquilo que você me disse não é para ser devolvido. Todo segredo é um sino sem pêndulo.
Não importa o que faça ou as razões da raiva, é covardia distorcer suas lembranças.
Não posso rifar seus problemas, nem propor leilão dos seus medos.

Eu prometo cercar seu silêncio com meu silêncio.
Não nasci para julgá-lo, mas para me julgar e, assim, merecê-lo.


Nasci para você.


Carpinejando com toda licença poética.

...



Hoje eu falei
Pra mim
Jurei até
Que essa não seria pra você
E agora é

Se juntar cada verso meu
E comparar
Vai dar pra ver
Tem mais você que nota dó
Eu vou ter que me controlar
Se um dia eu quero enriquecer
Quem vai ler  esse blog
Sobre uma pessoa só?




segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O coração grande de Cristina

Há gente que vive morta. 
E há gente que morre viva. 

Cristina Salazar López morreu viva.  

Aqui

domingo, 17 de fevereiro de 2013

A vida sem você


Muitos dias

Todos redondos, redondos como as minhas bochechas que não importa quanto peso eu perca, nunca vão embora. Dói, dói muito, mais à noite e principalmente aos domingos.
São tantos abraços que eu quero te dar, tantos os beijos na testa que eu preciso, tantos botões de vestido que você não apareceu pra costurar.
Eu parei de passar protetor solar no rosto. Eu voltei a comer feijão, voltei a cozinhar todos os dias, voltei a fazer o seu frango.
Mas você não volta.
Já são muitos, centenas de dias sem você e apesar disso tudo, o mais difícil não é a saudade.
É fazer o meu cérebro maluco entender que eu nunca mais vou  dizer a palavra mãe....

Lembro das tardes que passamos juntos, não é sempre, mas eu sei que você está bem agora.
Só que estes anos os verões tem acabado...


Cedo demais.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Coisa linda

Acho lindo ver duas crianças se cumprimentando, elas quase se devoram...São estabanadas. Eu sou assim.
Acho lindo também ver as pessoas amadurecendo. Coisa bonita de se ver é isso, no dia a dia, no passar dos meses, me deparar com pessoas que não mais gastam suas energias em pontos desnecessários e que se aceitam e que assumem seus erros. E que riem deles. 
Coisa linda é amadurecer.
Ver os queridos redefinindo seus valores morais, seu estilo de vida.

Acho lindo a honestidade embutida na vida, nesses dois fenômenos, o infantil e o maduro.
Coisa linda a honestidade, sobretudo a honestidade com a gente mesmo.

Minha ternura não ficou na estrada, nunca ficará no tempo, nem presa na poeira.