sábado, 17 de novembro de 2012

Ivan

Nós éramo amigos, e ele me beijou e eu me apaixonei.
E começamos na mesma hora  a namorar.
Ele já conhecia  a maioria dos meus amigos, eram  dele também.
Ele me levou pra viajar, eu conheci os seus dois príncipes e me encantei com duas crianças tão sensíveis, inteligentes, amorosas.
Ele me levou a muitos km de distância assim que acordamos num sábado, só porque eu estava com uma saudade louca do meu irmão.
Ele saiu na chuva e foi comprar o que eu tanto queria comer e eu nem estou grávida.
Ele rodou meio mundo só pra comprar a capinha que eu queria para o meu celular.
Ele assiste Grey's Anatomy comigo e também se emociona.
Ele entende a minha acidez, ler as minhas entrelinhas e me faz parecer uma idiota reclamona, porque ele não valoriza os meus dramas.
Ele foi ao jogo do Fluminense comigo, largou o trabalho no meio do dia, comprou ingresso e foi comigo. Sendo ele Flamenguista.

Teriam tantas coisas ainda pra detalhar aqui das suas ações que me causam tantas emoções.
Mas, o que eu queria dizer mesmo com tudo isso, é que eu tenho ainda medo de ser tão feliz, não sei lidar ainda com tantos sentimentos sem racionalizar. Estou no caminho, vou continuar acredito que para sempre.
Minha busca cessou, não existe mais pés de mesa tortos, as gavetas da minha vida abrem e fecham sem emperrar.
Tenho sim o melhor homem do mundo ao meu lado e sou apaixonada por ele, não pelo o que ele faz, por essas e tantas coisinhas que ele faz, tenho esses sentimentos, porque ele é essa pessoa e  não tenho  o menor receio de que nada disso vá mudar.

Ontem enquanto íamos dormir e eu deitei nos seus braços eu disse a ele que chegamos ao meio do caminho, no caminho do meio e que isso é muito raro entre duas pessoas que se gostam. Chegamos, nos reconhecemos e nos orientamos e nos regeneramos.

Me dou conta nesse momento de que acabei de nascer e eu choro bonito.
É encantamento, é delicadeza, é verdadeiro e é meu.

Se isso não for o tal amor o que mais pode ser?