quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Estou tão ocupada vivendo

Sou dura com as pessoas.
Sou ainda mais comigo mesma.  Só sei ser assim.
Preciso disso para continuar crescendo...Portanto, não tenho nenhum problema  em ser dura com os outros ao meu redor.
Esse  é o meu  amor.
Porque amor pra mim tem essa dinâmica; se eu me acomodo e me sacio,  ele evapora e vai embora.
Meu amor tem muito a ver com minhas insatisfações...É uma espécie de desequilíbrio que, só  assim, me leva a plenitude.
E a felicidade não está em lugar nenhum a não ser nesse processo...Na minha alma  que consegue desfrutar os perrengues e as vitórias que eu acolho no meu caminho.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Posso apagar a minha estrela, só que não.

O óbvio é o mais difícil de ser percebido. Aliás, a este respeito, já dizia um antigo professor que se o homem vivesse no fundo do mar provavelmente a última coisa que ele descobriria seria a água.

Eu assisto sempre o comecinho de algumas coisas, novela nesse caso, dái as coisas começam a dar errado, eu paro e não quero mais saber sobre. Nunca mais.

Eu termino relacionamentos de amizade e românticos, porque as pessoas me decepcionam, dái eu não quero mais vê-las.

Eu cismo com uma comida, daí eu como sempre desesperadamente. Dái depois de um mês eu não aguento mais ver, cheirar...

Eu amo um sapato, ou vestido, ou bolsa, ou sei lá qq futilidades dessas, eu uso, uso, uso e depois eu enjôo, e não uso mais.

É eu sei, eu preciso aprender a aceitar as dificuldades e não desistir das pessoas, eu também sei que preciso aprender a brigar com o meu namorado, só brigar sem terminar. Brigar, ficar sem falar, sem ver, mas amando e acreditando que uma boa conversa desfaz todos os nós, eu sei, eu sei que preciso variar, os gostos, o apetite, eu sei disso tudo...Mas daí a fazer algo a respeito rola todo um caminho bem longo. E é por isso que eu não acredito em terapia. Não preciso de alguém pra me dizer que muitas vezes sou desequilibrada, neurótica, egoísta, Alice, mimada. Eu sou consciente cara, beeem consciente, e eu sei que só eu posso fazer algo por mim...

Papo doido ? É que a gente está pensando em morar junto antes de outros passos.
É que em algum momento eu deixei ele pular o murinho que havia até o meu coração. 
É porque ele é especial, é porque ele tem uma família linda, é porque ele é alguém que eu nunca imaginei e sempre quis que existisse, então por isso é que eu quero me tornar uma pessoa melhor.

Não precisa ser pra sempre, mas quero que seja terno hoje. 
Ele desafiou a minha estabilidade, ele me tirou do quentinho, solitário, fugaz, ele me fez amar alguém real. Me fez rir do homem perfeito que eu criava nos meus sonhos...

É porque se fofura, educação, inteligência, paciência, humor tiver limite, ele não conhece...

É porque eu não sei o que fazer com o mundo inteiro que ele colocou em mim.

É porque eu tô ferrada mesmo e vou ter que me aprimorar como ser humano. 

É só Porque eu tava fugindo de mim mesma, mas ele não me deixou ir muito longe.





sexta-feira, 26 de outubro de 2012

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Ao menos eu tento


Aturo quase nada os motivos de algumas pessoas quererem falar algo diretamente e inventarem um caminho bastante indireto de dizer a mesma coisa. Cansa viu?
Talvez seja um modo de fingir que não tem nada acontecendo, que sabemos das coisas mas não nos entendemos. 
Entender os outros é um compromisso que não é todo mundo que suporta. 
Acho que é isso. 
Eu entendo o que eu ouvir ou perceber, se o interlocutor for objetivo e conciso.
Não, eu não vou dizer de outro jeito nunca, não, eu também não vou procurar uma estratégia por detrás dos seus atos.
Eu simplesmente vou te colocar na minha prateleira de pessoas que eu posso ou não manter uma relação digna.
E na boa? 
De dignidade eu entendo.
...

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Abrir espaço

Existem duas maneiras de não sofrer. 
A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebê-lo. 
A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço."

(cidades invisíveis, ítalo calvino)

Duas frases que jamais vou esquecer, ouvidas ontem:

Você é uma menina, uma mulher, seja sempre por favor.
Não racionalize tudo, algumas emoções são boas, e são só isso, emoções. Entregue-se.

Obrigada por me reconhecer...

domingo, 14 de outubro de 2012

Leio, escrevo, apago...

Quando é indizível mas incarregável, a gente não devia ter forma de expressar? Não devia ter um jeito pra gente falar o silêncio e preencher com vazio? 
Se a matemática inventou o zero, a poesia não devia inventar uma figura que dissesse calando? Comunicando reticências alguém soube escutar a chuva
Se eu desaguar a minha angústia no teclado, alguém vai ler o que eu não soube dizer? Nos vãos entre os pontos pode morar uma compreensão? não a do saber, mas ao menos da mão estendida. Se eu ficar bem quietinha, você vai ouvir eu te amo?




Reticências

Por motivo de dói demais parte 2

Querido  pergunta se tudo está bem, eu respondo que não, começo a dissertar e né, vem a merda:

*digamos que tudo começou a desandar
*mas tudo
*tava fazendo um castelinho de areia toda feliz etc daí vem a vida e chuta a porra da areia pra tudo que é lado
*aí a areia entra no meu olho e na minha garganta daí eu me engasgo e morro
*fim
*mais ou menos isso

Metáfora pobre, mas so so true.

Aguenta...



As pessoas suportam tudo, as pessoas às vezes procuram exatamente o que será capaz de doer ainda mais fundo, o verso justo, a música perfeita, o filme exato, punhaladas revirando um talho quase fechado, cada palavra, cada acorde, cada cena, até a dor esgotar-se autofágica, consumida em si mesma, transformada em outra coisa que não saberia dizer qual era”.

 Sim...É da série Fodástico...




Simplesmente por motivo de dói demais, e vai demorar a passar, desculpas aê...


sábado, 13 de outubro de 2012

Isso também vai passar...

"Ontem, chorei.
Cheguei em casa, meti-me no quarto, sentei-me na beirinha da minha cama,
tirei os sapatos, desapertei o sutiã  e chorei um bom bocado.
Acreditem que chorei até o meu nariz pingar para cima da minha blusa de seda
que comprei apressada.
Chorei até ficar com as orelhas quentes.
Chorei até ficar com uma dor de cabeça tão grande,
que mal conseguia ver a pilha de lenços de papel sujos acumulada no chão, aos meus pés.
Quero que saibam que ontem chorei um bom bocado
Ontem chorei
por todos os dias em que estive tão ocupada, ou tão cansada, ou tão irritada, que nem consegui chorar.
Chorei por todos os dias, e todas as maneiras e todos os momentos em que eu desonrara, desrespeitara e desligara o meu eu de mim própria, e acabara por vê-lo refletido na maneira como os outros me faziam as mesmas coisas que eu já fizera a mim própria.
Chorei por todas as coisas que eu dera para depois me roubares;
por todas as coisas que pedira e que ainda não se tinham concretizado;
por todas as coisas que conquistara para depois as dar a pessoas em circunstâncias
que me deixavam com uma sensação de vazio, magoada e simplesmente usada.
Chorei, porque realmente chega uma altura da vida em que a única coisa que nos resta fazer é chorar.
Ontem chorei.,
Chorei, porque sofria,
Chorei porque me fizeram sofrer.
Chorei, porque o sofrimento não tem para onde ir,
a não ser para dentro da dor que o causou à partida, e quando lá chega, o sofrimento desperta-nos.
Chorei, porque era demasiado tarde. Chorei, porque era chegada a hora,
Chorei, porque a minha alma sabia que eu não sabia que a minha alma sabia de tudo o que eu precisava de saber,.
Chorei com toda a alma, ontem, e soube-me tão bem.
Pareceu-me tão, mas tão mal.
Por entre o meu choro, senti a minha liberdade chegar.,
Porque
Ontem, chorei com um objetivo"



Essas batidas

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

É isso


Quando a Sra Formiguinha sobe pela parede e algo e  a manda pro chão faz sentido que ela continue a subir depois. 
Mas quando ela está descendo e tal coisa a derruba, porque diabos ela iria continuar descendo?

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Dos fins...


Se a  pessoa está no encalço de algo, naturalmente ela será otimista e destemida, nada tem a perder.
Se a pessoa está na liderança, ela é conservadora e quase paranóica.
Se a pessoa achava que estava na liderança, e tendo esse pensamento, ainda agir com um comodismo preciso. É fatal.
Aceito desafios...
Com consciência, foco, contradições, diversão eu admito: Não desisto fácil.
Da série: Estou consciente, mas se tem uma coisa que aprendi  é ter certeza do que é melhor pra mim.

Não é nada pessoal. Nunca foi.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Driving in your car I never never want to go home Because I haven't got one Anymore

Me leve para fugir essa noite. Cale minhas reclamações e as transforme em sorriso. 
Me leve para algum lugar onde as luzes brilhem tanto que doa aos olhos de quem não quiser enxergar o colorido da avenida. 
Me ponha em movimento dentro de um carro, dentro de um abraço, dentro de uma roda de música e pessoas cantando alto, soltando a alma em um ritmo que não me faça querer parar. 
Me cerque do rock britânico dos anos 80 e do balaio dos violões com suas cordas quase rompendo de tanta euforia. Você sabe, eu nunca quis sair do meu mundo, mas, de qualquer forma, me apresente o seu. 
Me dê a chance de escolher algo diferente que me faça querer sair de casa e correr pelas ruas da cidade. 
Me leve para fugir essa noite porque eu quero ver o que de tão fabuloso e ao mesmo tempo cruel existe por trás das janelas do seu carro. 
Me leve para ver pessoas de verdade. 
Me apresente lágrimas e risadas. 
Faça com que eu sinta coisas boas. 
Faça com que eu sinta alguma coisa. 
Me leve para beber até perder o bom senso e me deixe sentada ao meu fio, cantando enlouquecidamente alguma cantiga que acabei de aprender. Não, não me deixe em casa. 
Não me ponha na cama, estenda o cobertor e me faça dormir. Eu não quero dormir essa noite; eu quero enlouquecer sem motivo algum e acordar amanhã com uma dor de cabeça que tenha valido a pena. Pensando bem, não me deixe voltar. Não quero ser mais benvinda no meu mundo, eu quero ser parte do seu. 
Quero pegar a sua mão e correr pelo meio das ruas, desviando de motos e ônibus, colidindo apenas com você. 
Esperar amanhecer ao seu lado é uma forma linda de uma noite chegar ao seu fim. E se a noite não acabar, e se o delírio permanecer, e se a realidade jamais retornar, bem, o prazer e o privilégio de viver essa loucura opcional ao seu lado terá sido todo meu. 
Mas me leve para fugir essa noite. 
Me leve para qualquer lugar, não precisa me dizer para onde, não precisa me dizer com quem, não precisa haver hora para voltar. 
Me transporte por meio de suas passagens secretas até chegar a um lugar que me faça pensar: esperei tanto para estar aqui. E se um medo inaceitável for aparente em meu rosto, novamente: cale minhas reclamações e as transforme em sorriso. 
Não deixe que nada nos detenha. 
Me leve para fugir essa noite e juro como nada mais me importa. 
Me leve para fugir essa noite e não me traga de volta. 
Me leve para fugir essa noite e se perca comigo em algum lugar. 
Me leve para fugir essa noite com você.

Aqui e Aqui

domingo, 7 de outubro de 2012






Criança que brinca e o poeta que faz uns poemas. 

Estão ambos na mesma idade mágica! 

Quintana

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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

“Salta uma média no copo e um pão na chapa”.


1. Amo as cidades que sabem se reinventar, como o Rio de Janeiro, que deixou de ser a sede tropical da corte portuguesa, capital do império e da república e, graças a Deus, capital cultural do Brasil, título careta e equivocado num país cuja diversidade cultural não respeita território e dispensa uma capital. O Rio soube transformar uma decadente Lapa em polo de atração capaz de arrancar os jovens da Barra da Tijuca de seus condomínios para se divertir com outros jovens, do resto da cidade, nas rodas de samba e chorinho. Soube resgatar o carnaval de rua, fazendo do Centro e de cada bairro passarelas tão ou mais atraentes que o Sambódromo globalizado. 

 2. Amo as cidades que têm esquinas e, principalmente, quando ocupadas por padarias e botequins, para a gente ouvir pela manhã o balconista gritar: “Salta uma média no copo e um pão na chapa”. À noite, na volta para casa, uma rápida parada no boteco predileto, jogando conversa fora com um cara que você nunca viu antes, ouvimos deliciados e com sotaque lusitano: “Salta uma gelada que o freguês tem pressa”.

3. Amo as cidades amigáveis, que tratam bem habitantes e visitantes e onde, num único quarteirão, a gente possa encontrar quase tudo. Amigável com crianças, velhos e namorados, que dispõem de uma pracinha perto de casa. Com os visitantes, pela gentileza da população e por uma sinalização urbana feita para evitar que qualquer um se perca. A cidade amigável nos salva do ataque de flanelinhas, motoristas de vans e taxistas inescrupulosos, garçons e vendedores mal-humorados, que adoram errar no troco, falsos guias turísticos e toda a sorte de gente capaz de fazer um turista jurar que nunca mais bota os pés ali.
4. Amo as cidades com entretenimento para todas as idades, independentemente de quanto temos no bolso. Se der sorte de a cidade ter praia, metade do problema está resolvido. Parques, museus, centros culturais, bibliotecas e shows devem oferecer entrada franca. Amo as cidades com locais para confraternizar a céu aberto.
5. Amo as cidades que preservam da ganância dos especuladores as suas montanhas, matas, praias, lagoas, florestas, seus parques e manguezais. Onde o ar se respira, e a poluição não nos sufoca nem nos adoece.
6. Amo as cidades que respeitam sua história e sua arquitetura e, por isso, se tornam donas de uma força misteriosa que faz com que moradores, até os mais cosmopolitas, relutem em se afastar, apegados aos bairros onde vivem, às paisagens conhecidas, aos prédios e monumentos e também às praças, ruas, travessas e becos, repletos de significados.
7. E amo, sobretudo, as cidades inclusivas, onde todos possam exercer sua cidadania. Uma cidade onde crianças não oferecem balas e fazem malabarismos a cada sinal de trânsito, porque estão brincando em casa ou estudando nas escolas. Uma cidade sem moradores de rua e, se os tiver, que garanta a eles compreensão, abrigo e oportunidade. Onde nenhum trabalhador perca horas preciosas para chegar ao emprego. Onde os donos das ruas não sejam os carros particulares, mas o transporte público de qualidade. Onde a divisão entre morro e asfalto só exista na lembrança dos mais velhos ou nos livros de história, para não esquecer como é triste e perigoso viver numa cidade dividida. Onde os governantes saibam ouvir e governem para todos, discretamente. E que tenham horror às obras suntuosas.   
O arquiteto e urbanista premiado Luiz Carlos Toledo listou “7 motivos para amar uma cidade”:

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Hábitos

Li um artigo na revista Galileu sobre hábitos. Sou facílima pra criar hábitos, por isso deveria começar a fazer só coisas legais pra minha vida. Tipo trocar café por chá, coca-cola por água, e internet por ginástica.

45% das coisas que a gente faz são mecânicas, e os hábitos permitem preservar energia para coisas complicadas. 
Ele não pode ficar queimando neurônio à toa, então a gente faz um monte de coisas sem precisar incomodá-lo, tipo escovar os dentes. Mudar um hábito é difícil, porque eles não foram feitos para serem mudados. Os hábitos formam rotas neuronais bem sedimentadas, justamente para não serem alteradas.

Teoricamente, o sistema do hábito está imune à razão e a emoção, ocorre de forma independente e é resistente à mudança.

Hábitos só se formam com repetição, estão gravados nos nossos neurônios e não adianta querer eliminá-los pois eles voltam. A não ser que você grave novos hábitos por cima dos já existentes. Dá certo porque para o cérebro tanto faz ginástica ou biscoito de chocolate, ele quer dopamina.


Por: Marina


Leve, ela.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Ser profundamente amado por alguém nos dá força; Amar alguém profundamente nos dá coragem." Lao-Tseu

Estou tentando não me perder no mundo inteiro que ele colocou em mim, olho para ele e só desejo  o bem, toda a sorte do mundo inteiro. Quero enchê-lo de alegria.

Hoje enquanto ele dirigia o  meu coração transbordou de ternura, a maior de todas, a mais calma, pontual e absoluta ternura.

Sigo ainda na tentativa de falar ao invés de só ficar olhando...Estou tentando lidar com essas dificuldades que ele já conhece tão bem. 

A pessoa mais incrível,  agradável, educada, engraçada, inteligente que já conheci e fico aqui, com os dedos cruzados, desejando que um dia ele possa  enxergar toda essa imensidão em si mesmo.

Eu amo você Ivan

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