domingo, 18 de janeiro de 2009

" Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não se possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
- dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.

Mulher é desdobrável. Eu sou."

Um comentário:

  1. Maria, você disse que achou a minha alma... e onde ela está, que só foge de mim e se mistura à multidão???

    Eu também sou desdobrável!!!! ;)
    Beijos

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