Usa anabelas. Não existe mulher que calce melhor uma Anabela como as cariocas. E que saiba qual vestido escolher e como andar sobre elas.
Olha para o horizonte e se lembra do que quer hoje a noite, do quanto falta, do que faz falta, do que está errado.
A garota do Rio de Janeiro é despretensiosa, não preocupa-se com ajustes, e nem quer a precisão da esteira de uma linha de montagem.
Adora rir.
Odeia falsa educação.
Ironiza quando recebem um elogio. Tarnsporta-se para outro planeta (ainda estando ali) quando ultrapassam o limite da sua intimidade.
Preserva a liberdade.
Se diverte com homens que falam de dinheiro. Se diverte com homens que contam vantagens no trabalho. Despreza homens grudentos, esnobes, arrumadinhos, fúteis, incultos, mal educados.
Pira com homens interessante.
É assim que ela seleciona: os interessantes e os não.
Algumas nem pensam em ser chefe. Chefiar garotos, tédio. O que dispara seu conflito , o de agregar. Terá que dar ordens, broncas, demitir, exigir, estipular metas, cobrar eficiência. E depois dança em casa ao som de David Guetta. Não aceita pressão, e ela sabe por quê. A vida faz sentido, e ela sabe viver.
A garota do Rio de Janiro, manobra bem. O problema é o celular e ultrapassa um caminhão de 4 eixos, que deu passagem assim, só por educação, não se esconde no anonimato do insufilm, já tem o seu play list selecionado de acordo com seu humor e, dependendo dela, canta sozinha em voz alta, para não ouvir impropérios.
Faz tanta coisa ao mesmo tempo…
Dirige bem,mesmo pensando em vinte coisas em dez segundos. Nem se preocupa com as conclusões.
Liga para a mãe diariamente. Troca confidências com o pai. Ama a esposa do irmão. E ama as amigas. Com quem vai para a praia, e conseguem ficar muitos segundos em silêncio.
A garota do Rio de Janeiro, enrola.
Quando não quer, faz jogos.
Quando quer, embaça.
Ah, as minas daqui, também piram.
E como pira.
Mas me dá licença, poeta, para uma licença poética, homenageando sem pedir licença a graça natural da mulher carioca
Ok Marcelo Rubens Paiva?.
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