Da série, queria ter escrito...
Fiquei pensando Gizele, na aspereza e no nosso encontro.
E em todas as nossas meias-conversas, que nunca são inteiras por falta de tempo.
De como você inverte as falas para melhor seentristecer.
E de como, quando você faz isso, preciso segurar na tua mão de forma firme e doce e te repetir pausadamente, que não é isso Gizele, você entendeu errado.
Das suas verdades duras, quero que saiba, que são imprescindíveis.
Que você sem elas, é só metade, é quase, e quase você sabe nunca me interessou.
Que é desse encontro, frente à frente, áspero e doce de que somos feitas.
Nascemos ásperas Gizele, assim quis a vida, e disso ninguém nos salva.
Nascemos jacas maduras e desconfiadas. Ásperas, doces e suculentas, claro.
Nosso amor é rude, não sabemos ser rosas, mas sabemos ser fortes.
Eu não quero amiga-rosa, eu quero amiga-jaca.
Não acredito em gente rosa.
Não acredito em gente feliz.
Esse tipo de gente é quase, e quase é morno, é médio. E você sabe, nossainteligência não permite.
Em todos os encontros o que tem valor, para mim, são os encontros-jaca.
Você é uma das melhores jacas que já encontrei!
Dura e áspera, porque se sabe doce e frágil por dentro.
E de tão frágil a jaca pecisa construir toda aquela aparência por fora... .
Uma jaca é densa, afiada e pesada, e quem quiser comê-la Gizele, tem que necessariamente dar conta dessa aspereza, desse aspecto duro e nada delicado, que toda jaca possui.
Nosso núcleo é doce e suave, e isso só descobre que tem inteligência suficiente (ainda bem que são poucos), e claro, tem também os desavisados que nem desconfiam que uma jaca certeira pode ser fatal.
Estamos na vida Gizele, inteiras, fragmentadas
Nascemos jaca madura e nosso amor é afiado.
Um amor pra quem se atreve. Amor desconfiado.
Somos atrevidas Gizele, e esse é nosso maior valor.
e eu te amo, sua jaca!
Blog TPM...
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