terça-feira, 31 de julho de 2012

O Rio de Janeiro continua lento

3 horas, eu disse 3 horas! de Copa a Jpa, trânsito e mais trânsito. Chega, deu! , aviso a quem interessar possa, cabe mais gente aqui não. 
Fiquem aí nas suas cidades pelo amor...


O Rio de Janeiro
Continua lento...
O Rio de Janeiro
Não está sendo...

Alô torcida do Flamengo
Eu sinto muito...

Todo mundo da Portela
Aquele Abraço!
Meu caminho pelo mundo
Eu mesmo traço, but,
Preciso muito de
Régua e compasso e um mapa.
Quem sabe de mim sou eu
Aquele Abraço!


E a calçada do Fasano lotada de fãs?

Passo mal...

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Voar e pousar

Maria,
Quero ficar com você.
De verdade, pra sempre.


Perigo...


Autotomia


Diante do perigo, a holotúria se divide em duas:
deixando uma sua metade ser devorada pelo mundo,
salvando-se com a outra metade.

Ela se bifurca subitamente em naufrágio e salvação,
em resgate e promessa, no que foi e no que será.

No centro do seu corpo irrompe um precipício
de duas bordas que se tornam estranhas uma à outra.

Sobre uma das bordas, a morte, sobre outra, a vida.
aqui o desespero, ali a coragem.

Se há balança, nenhum prato pesa mais que o outro.
Se há justiça, ei-la aqui.

Morrer apenas o estritamente necessário, sem ultrapassar a medida.
Renascer o tanto preciso a partir do resto que se preservou.

Nós também sabemos nos dividir, é verdade.
Mas apenas em corpo e sussurros partidos.
Em corpo e poesia.

Aqui a garganta, do outro lado, o riso,
leve, logo abafado.

Aqui o coração pesado, ali o Não Morrer Demais,
três pequenas palavras que são as três plumas de um vôo.

O abismo não nos divide.
O abismo nos cerca.
 





Poema de wislawa szymborska




*Autotomia é a capacidade que alguns animais possuem de liberar partes do corpo, ou uma auto-mutilação usada como meio de defesa, podendo essas partes regenerar-se ou não após um período de tempo.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Meu pulso ainda pulsa

Lidar com a preguiça, com a procrastinação.
Sair do lugar quentinho, tranquilo.
Ainda aprender a priorizar, me comprometer, me vulnerabilizar...
Ainda.
Dia após dias nos últimos dias e perceber que não tenho mais tempo.
E reenxergar que o universo se abre quando damos o primeiro passo e constatar que quando há fluidez, ele também organiza as horas, prioriza os fatos e nos surpreende.

Dando um oi e  me sentindo viva.

domingo, 22 de julho de 2012

Aqui também chove e se faz necessário nadar Guilherme

Quando eu era criança, aprendi que para sair do mar era necessário esperar a sequência de ondas passar. Mergulhando quando necessário, ou simplesmente subindo e descendo, deixando as ondas passarem. Era possível, de vez em quando, pegar uma onda e sair no meio da sequência.

As semanas passadas, os meses passados, os últimos anos foram uma sequência de ondas, onde pegar uma onda até a praia parecia impossível. Eu vivo nesse oceano infinito, em meio a tempestades, algumas que eu mesmo criei, outras tantas que são me impostas por fatores exógenos. E eu tenho que nadar o tempo todo, mesmo nos momentos de calmaria.

De vez em quando aparece alguém com uma bóia, ou uma carona de barco, mas que nunca me leva até a praia. Eu terminei algumas coisas essas semanas que passaram, algumas boas, bem acabadas, outras ruins, e tantas outras de forma indiferente.

Existem ainda vários problemas que me atormentam, mas pela primeira vez em anos, me vejo num raro momento em que pareço pisar em terra firme.

É estranha essa sensação, de estar caminhando.

Sei que o oceano pode invadir a área a qualquer momento, mas, pelo menos por enquanto estou indo…

Vamos ver onde esse caminho me leva.

Um passo após o outro,

Guilherme.


Adoro as suas palavras!

http://winspear.wordpress.com/




Você sempre me levou até a praia, desde o primeiro momento.

E por isso e por tantas e tantas, meu amor e admiração são imensuráveis.

Obrigada, só posso usar essa medíocre palavra. Meu mais verdadeiro obrigada!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

De não ter você

Tem o sorriso de doer a alma. A alma de qualquer uma.
Tem é um  monte de palavras soltas, tem essa mudez, tem a  música, a banda,  tem a enrolação com as séries.
Tem a reprise de uma história que já deveria ter  cansado, tem a necessidade de  novos episódios e se faz urgente eliminar os  resquícios. 
E ela ainda tem que lidar com  manhãs e noites viradas.
E  tem ela, ela que a cada novo golpe...Ainda lembra. E ainda dói.

E ela ainda morre de novo.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Deixar

Essa  saudade do que já foi, do que poderia ser é a pior saudade que eu já senti porque é uma saudade indefinida.
De novo as mudanças.
O let go chegou me atropelando e eu reagi.

Estou de mudança total em minha vida.

Trabalho, casa, parceiros e ares...

De todas essas mudanças, sair dessa empresa que estou hoje, foi a mais dolorida de fato.
Há tres dias eu não paro de chorar. Eu olho pra minha mesa, pra minha cadeira, meus pcs, meus tels, pra máquina da Nexpresso, pra sala dele o meu diretor tão querido... E choro e choro e choro...

Existem coisas que são deletáveis, existem ações na minha vida que eu encaro no automático. Existem outras que demandam tempo, mas, podem ser apagadas e parecer que nunca existiram. Porém, há outras como existe ele, ela, o senhorzinho, os porteiros, a academia, a loja das tortas, o clima meio londrino desse condomínio tão cheio de bossa...Já estava tudo tão arraigado  ao meu dia a dia, a minha vida. Já encaro quase como uma memória concreta. Deixo meus rastros por aqui, relembro a conversa difícil que tivemos ainda agora na sala dele, ele decepcionado com a minha saída, e eu chorando feito uma louca adolescente. Só fiz chorar, porque eu sou apaixonada pela empresa, por ele, por ela. Eu os amo muito.

Desculpas ser eu a te informar. Mas, o amor não é o suficiente, não é o que sustenta nenhuma relação. Uma escolha desemboca  numa renúncia e de algumas escolhas, nem sempre se sai ileso.
A maior lembrança, levarei em mim mesma. Triste essa coisa de se perder e ter que apagar uma parte da vida por vergonha ou imaturidade. Não sei o que é isso, não apago nenhum caminho pelo que trilhei. Sou o resultado das minhas escolhas e cada vez que olho pra trás, principalmente para o meu passado profissional, mais, me orgulho da minha constituição.

Tudo o que eu sou é em decorrência dessas novas opções, novos desejos, novos desafios, novas dores e estou indo e é tudo novo de novo.


O único abraço que eu queria ninguém pode dar.


sábado, 14 de julho de 2012

Desastre, desastrada, desastrando...

Dilacera conhecer e admitir os próprios defeitos.
Pra chegar a esse ponto de autoconhecimento, é necessário uma coragem humilde, dupla coragem, primeiro se descobrir, depois se aceitar.

Estúpida e orgulhosa.

Meu cérebro se identifica e se expressa perfeitamente bem (às vezes) com a minha mão, em contra partida, com a minha boca, muitas vezes, é um estrondoso desastre...


Eu sinto muito. Muito.

Desastre do grego má estrela...

Os desastres põem em evidência a vulnerabilidade e abalam o equilíbrio necessário para sobreviver e prosperar.


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Da essência

O importante dessa história boba, eu acho, é perceber que na nossa vida tem de haver gente que nos entenda e que tenha conosco um grau elevado de empatia. Sim, podemos conviver com diferenças. Claro, personalidades diferentes nos desafiam. Mas isso tudo fica melhor na escola, no trabalho e na vida social. Na intimidade a coisa é outra. Você não quer um olhar de total incompreensão cada vez que certo tipo de filme levá-la às lágrimas. Nem quer ter de dar explicações quando tiver vontade de deitar no colo do sujeito no sofá da sala e ficar quieta, preferencialmente recebendo um cafuné. Se você é esse tipo de pessoa, ele tem de ser o tipo de cara que entende e participa. Ou então não rola.
Minha impressão, pelo acúmulo de experiências, é que nossos parceiros duradouros tendem a sair de um espectro estreito de personalidades, valores e visão de mundo. Para mim é um sinal saudável – e uma pista importante – que a gente repita a preferência por certos traços na hora de escolher pessoas. É que por trás dessas coisas que a gente vê há outras coisas, mais profundas, que nem sempre se percebem, como família e história pessoal. Elas definem quem cada um de nós é, e qual a nossa capacidade de viver juntos. Esse tipo de coisa não se improvisa e nem se ignora. É como um time de futebol: para nos dar prazer de verdade, tem de ser parte da nossa história. Ou então não tem graça nenhuma.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Na Estrada




E me arrastei, como tenho feito toda a minha vida...
Indo atrás de pessoas que me interessam...
Porque os únicos que me interessam são os loucos...
Os que estão loucos pra viver, loucos pra falar...
Que querem tudo ao mesmo tempo...
Aqueles que nunca bocejam ou falam obviedades...
Mas queimam...Queimam como fogos de artifícios em meio à noite.




Ansiedade. Eis- me aqui...

Bubuca

 Você tem mais  sorte do que qualquer pessoa que conheci. Vai viver muito tempo, ter muitos amigos, muitas experiências. Só tem um problema na sua vida. Você se preocupa demais. Sempre fica emotiva demais, nervosa demais.Se eu jurar que você nunca vai ter nenhum motivo na vida para se preocupar, você vai acreditar em mim?

[Elizabeth Gilbert em Comer, Rezar, Amar] 

-- 


Feliz seu dia minha Bubuca doce e suave da voz mais linda que eu já conheci...

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Porque não tenho namorado parte 2

Cheguei em casa agora e me assustei com a zona que eu faço antes de ir trabalhar.
Se fosse qualquer pessoa pensaria que um grupo de dez homens reviraram minha casa a procura de algo muito importante.


Primeiro pensei que: quando você cogita escrever um post pra dizer que se identifica com um cachorro, talvez seja o caso de, sei lá, não escrever nada. tipo nunca mais.

Em seguida pensei que: venho perdendo a dignidade na internet há tantos anos que né? o que é se comparar a um ser vivo em forma de salsicha nessa altura dos acontecimentos? não é nada, meus amigos.



Vou ter que tomar banho Boby  e lavar o cabelo...Como me identifico com você. Não tenho o Mel e nem a Melissa na pracinha...

Todo dia é dia de estupro

Foi complicado concluir a leitura, a emoção da dor dificulta e o coração gelado alterava a minha credulidade...

Mas nada impressionou Marie mais do que o elevador. No último dia, ela já apertava os botões sozinha, com um dedo trêmulo, como se estivesse prestes a acessar algum tipo de magia. E nunca sabia qual era a hora de dar o passo para fora, o momento em que o chão, sem sair do seus pés, chegava ao chão de fato.

Imaculada é o nome da irmã violada

“Minha irmã mais nova, de 14 anos, estava saindo da escola. E encontrou uma milícia. Eles viraram a cabeça da minha irmã para trás. Giraram tanto a cabeça que ela passou dois anos sem se mexer. Ficou também com os olhos doentes. Minha irmã ficava de olhos fechados, sem conseguir caminhar ou comer. Ela não se movia. Eu dava banho nela e também lhe dava comida. Naquele dia, minha irmã se debateu, mas dois deles a estupraram. Minha irmã se chama Immaculé.”

(Pergunto a Marie se este foi o pior momento da vida dela. Ela me diz que não. Parece surpresa por eu cogitar que seja.)

“O pior momento da minha vida foi a morte da minha mãe, um ano atrás. Muitas emoções explodiram dentro de mim. Minha mãe morreu nos meus braços. Dizem que foi por causa de uma intoxicação, que destruiu o fígado. Era como se ela dormisse. Minha mãe, que me fez estudar. Que se esqueceu dela mesma.Eu sou velha, mas sinto muita falta do amor da minha mãe. Fiz tudo para curá-la, mas não foi possível. Com a morte, não há cooperação.”

(Então Marie, que narrou todas as violências com os olhos secos, como se contasse o seu cotidiano – e é o seu cotidiano – começa a chorar. E chora por um longo tempo. A mulher violentada de várias maneiras, que já testemunhou todas as formas de violência, chora apenas de saudades da mãe.)


Eliane Brum escreve às segundas-feiras.

Texto completo aqui

Abissal perplexidade

domingo, 8 de julho de 2012

Senta que lá vem.


O meu choro não traz resoluções, mas, me acalma.
Minha pouca fala, absorvo como virtude.
Ainda estou tentando a  aprender a me colocar em primeiro lugar e ainda estou tentando aceitar que isso não é egoismo. 
Se eu faço uma escolha, eu ganho uma renúncia;
Vontades efêmeras não me seduzem ou alienam;
Quem faz uma vez, não faz duas necessariamente, mas quem faz dez, com certeza faz onze. 
Perdoar é fácil ao menos pra mim, acreditar novamente é quase impossível. 
Quem te gosta não te faz chorar, quem gosta cuida;
O que está no passado tem motivos para não fazer parte do seu presente;
Não é preciso perder pra aprender a dar valor.
Os meus amigos ainda conto nos dedos de uma mão. Em poucos dedos.
Aos poucos você percebe o que vale a pena, o que se deve guardar pro resto da vida, e o que nunca deveria ter entrado nela. Percebe, mas, sua percepção ainda falha vez em quando.
Não sei me esconder da verdade, eu gosto do meu passado;
O tempo sempre vai ser o melhor remédio, mas seus resultados custam.
Quero sim me envolver, me comprometer, ao contrário do que ouvi nos meus dois últimos relacionamentos, as mesmas acusações, de que sou fria, distante e racional ao extremo.
Sou perceptiva, sou movida a estímulos externos apresentado através de atos despretensiosos e livres de estratégias. Eu disse atos.
Amo as palavras, claro, notório esse meu amor. Mas, elas se fazem pequenas diante do caminho da entrega.
Ser apaixonado por si mesmo, conhecer a si mesmo, é a receita para amar verdadeiramente o outro.
Não quero um amor difícil, cheio de arestas nas quais eu encoste e seja ferida com sangue saindo da minha própria pele.
Não quero um amor difícil, cheio de detalhes e enigmas que eu jamais saberia desvendar.
Erramos  o tom, desafinamos  e tão pouco conseguimos acompanhar a  melodia.

Quando precisamos pedir um pouco mais, é porque já perdemos...

Não foi nada sério.

...



A arte de perder não é nenhum mistério;
tantas coisas contêm em si o acidente
de perdê-las, que perder não é nada sério.

Perca um pouquinho a cada dia. Aceite, austero,
a chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.

Depois perca mais rápido, com mais critério:
lugares, nomes, a escala subseqüente
da viagem não feita. Nada disso é sério.

Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero
lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.

Perdi duas cidades lindas. E um império
que era meu, dois rios, e mais um continente.
tenho saudade deles. Mas não é nada sério.

— Mesmo perder você (a voz, o riso etéreo
que eu amo) não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser mistério
por muito que pareça (Escreve!) muito sério.

(Origem incerta)

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Qual a sensação de ser sã?

Um ode a eu, que deixou as chaves caírem no poço do elevador, antes de chegar no trampo, claro...


Não precisa tanto...

Eu amo a causa, e não a conseqüência
Eu amo o Pensamento, e não a teligência
Eu amo a Loucura, e não a consciência
Eu amo a paciência, eu amo a paciência

Eu amo o deserto, a não a muralha
Eu amo o mergulho, e não a medalha
Eu amo suor, e não a toalha
Eu amo a batalha, eu amo a batalha

Eu amo a alma, e não a pessoa
Eu amo a cara, e não a coroa
Eu amo a corrida, e não a linha de chegada
Eu amo a estrada, eu amo a estrada

Eu amo o agora, e não a memória
Eu amo a luta, e não a vitória
Eu amo o fato, e não a história
Eu amo a trajetória, eu amo a trajetória

Eu amo o bem forte, e não o assim
Eu amo o papel, e não o cetim
Eu amo pra onde vou, e não de onde eu vim
Eu amo o meu meio, e não o meu fim.

Pode clicar

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terça-feira, 3 de julho de 2012

@Guarana Antarctica apresenta: Ex Lover Blocker




Tão surreal, idiota e tão bom e nem é porque a ex se chama Maria, mas, eu me identifiquei muita coisa!!!

E que seja nós dois

Deixar pra trás a novidade reconfortante que é você em minha vida?
Você que me acalma, me intimida e me perturba?
Não consigo te deixar lá atrás sem sentir receio por estar deixando a melhor parte de mim em apuros.
Desde quinta, minha vida mudou, foram tantas novidades que você trouxe, me entenda.
E essa saudade insana e desconcertante?
Há dois dias que sinto meu sangue arder e consigo sentir a sua exaustão ao chegar desanimado ao meu coração...
Meu cérebro vaga e me perco nas direções e qualquer ponto em que o meu olhar percorra, termina na lembrança do seu sorriso assustado e perplexo quando encontrou o meu.

Este tem sido os meus dias, os meus status inundados de dúvidas e certezas e que tem me roubado o norte e que me quer de volta em você do jeito certo, do jeito  errado,do seu jeito, do meu jeito sem jeito, do jeito que tiver que ser 

e que seja.

                                                           ♥


Vem para que eu possa acender incenso do nepal, velas da suécia na beirada da janela, fechar charos de haxixe marroquino, abrir armários, mostrar fotografias, contar dos meus muitos ou poucos passados, futuros possíveis ou presentes impossíveis, dos meus muitos ou nenhuns eus. vem para que eu possa recuperar sorrisos, pintar teu olho escuro com kol, salpicar tua cara com purpurina dourada, rezar, gritar, cantar, fazer qualquer coisa, desde que você venha, para que meu coração não permaneça esse poço frio sem lua refletida. Porque nada mais sou além de chamar você agora, porque tenho medo e estou sozinho, porque não tenho medo e não estou sozinho, porque não, porque sim, vem e me leva outra vez para aquele país distante onde as coisas eram tão reais e um pouco assustadoras dentro da sua ameaça constante, mas onde existe um verde imaginado, encantado, perdido. Vem, então, e me leva de volta para o lado de lá do oceano de onde viemos os dois.'
                                                 C. F. A.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Vende-se






                                            Alguém?        

* A categoria hobbies e coleção me deu maior afago no ego amiga, juro!

Chorei

Tô boa, tô controlada, até já mudei de humor...

O motivo :)

Clica aqui  e morra de rir com ironia no twitter sobre a histeria coletiva devido a um app ter saído do ar...

Tô até acreditando no fim do mundo.
Num aguento mais ver foto de coração, flor, pessoas bebendo, amando a todos, recados cafonas...

Ninguém sofre, fica de mau humor não?

Para.

domingo, 1 de julho de 2012

("O que eu quero de você")

Quero acordar do seu lado num domingo de manhã e saber que não temos hora para sair da cama.
E, depois, ir tomar café na padaria e ler o jornal com você.
Quero ouvir você me contar sobre o trabalho e falar detalhadamente de pessoas que eu não conheço, e nem vou conhecer, como se fossem meus velhos amigos. 
Quero ver você me olhar entre um gole de café e outro, sem nada para dizer, e apenas sorrir antes de voltar a folhear o caderno de cultura. 
Quero a sua mão no meu cabelo, dentro do carro, no caminho do seu apartamento. 
Quero deitar no sofá e ver você cuidar das plantas, escolher a playlist  e dobrar, daquele seu jeito desorganizado e perfeccionista, as roupas esquecidas em cima da cama. 
E que, sem mais nem menos, você desista da arrumação, me jogue sobre a bagunça, me beije e me abrace como nunca fez antes com outra pessoa. 
E que pergunte se eu quero ver um DVD mais tarde. 
Quero tomar uma taça de vinho no fim do dia e deitar do seu lado na rede, olhando a lua e ouvindo você me contar histórias do passado. 
Quero escutar você falar do futuro e sonhar com minha imagem nele, mesmo sabendo que eu provavelmente não estarei lá. 
Quero que você ignore a improbabilidade da nossa jornada e fale da casa que teremos no campo. 
Quero que você a descreva em detalhes, que fale do jardim que construiremos, e dos cachorros que compraremos. 
E que faça tudo isso enquanto passa a mão nas minhas costas e me beija o rosto. 
Quero que você nunca perca de vista a música da sua existência, e que me prometa ter entendido que a felicidade não é um destino, mas a viagem.
E que, por isso, teremos sido felizes pelos vários domingos na cama e pelos sonhos que compartilhamos enquanto olhávamos a lua. 
Que você acredite que não me deve nada simplesmente porque os amores mais puros não entendem dívida, nem mágoa, nem arrependimento. 
Então, que não se arrependa. 
Da gente. 
Do que fomos. 
De tudo o que vivemos. 
Que você me guarde na memória, mais do que nas fotos. 
Que termine com a sensação de ter me degustado por completo, mas como quem sai da mesa antes da sobremesa: com a impressão que poderia ter se fartado um pouco mais. 
E que, até o último dia da sua vida, você espalhe delicadamente a nossa história, para poucos ouvintes, como se ela tivesse sido a mais bela história de amor da sua vida. 
E que uma parte de você acredite que ela foi, de fato, a mais bela história de amor da sua vida. 
Que você nunca mais deixe de pensar em mim quando for a qualquer lugar, escutar Dream' Bout Me ou ler Nick Hornby.
E, por fim, que você continue a dançar na sala. 
Para sempre. 
Mesmo quando eu não estiver mais olhando.



Incertos


" EU AINDA TE AMO DE UM JEITO TÃO IMPOSSÍVEL QUE É COMO SE EU NEM TE AMASSE"