Quando eu era criança, aprendi que para sair do mar era necessário esperar a sequência de ondas passar. Mergulhando quando necessário, ou simplesmente subindo e descendo, deixando as ondas passarem. Era possível, de vez em quando, pegar uma onda e sair no meio da sequência.
As semanas passadas, os meses passados, os últimos anos foram uma sequência de ondas, onde pegar uma onda até a praia parecia impossível. Eu vivo nesse oceano infinito, em meio a tempestades, algumas que eu mesmo criei, outras tantas que são me impostas por fatores exógenos. E eu tenho que nadar o tempo todo, mesmo nos momentos de calmaria.
De vez em quando aparece alguém com uma bóia, ou uma carona de barco, mas que nunca me leva até a praia. Eu terminei algumas coisas essas semanas que passaram, algumas boas, bem acabadas, outras ruins, e tantas outras de forma indiferente.
Existem ainda vários problemas que me atormentam, mas pela primeira vez em anos, me vejo num raro momento em que pareço pisar em terra firme.
É estranha essa sensação, de estar caminhando.
Sei que o oceano pode invadir a área a qualquer momento, mas, pelo menos por enquanto estou indo…
Vamos ver onde esse caminho me leva.
Um passo após o outro,
Guilherme.
Adoro as suas palavras!
http://winspear.wordpress.com/
Você sempre me levou até a praia, desde o primeiro momento.
E por isso e por tantas e tantas, meu amor e admiração são imensuráveis.
Obrigada, só posso usar essa medíocre palavra. Meu mais verdadeiro obrigada!