quarta-feira, 18 de julho de 2012

Deixar

Essa  saudade do que já foi, do que poderia ser é a pior saudade que eu já senti porque é uma saudade indefinida.
De novo as mudanças.
O let go chegou me atropelando e eu reagi.

Estou de mudança total em minha vida.

Trabalho, casa, parceiros e ares...

De todas essas mudanças, sair dessa empresa que estou hoje, foi a mais dolorida de fato.
Há tres dias eu não paro de chorar. Eu olho pra minha mesa, pra minha cadeira, meus pcs, meus tels, pra máquina da Nexpresso, pra sala dele o meu diretor tão querido... E choro e choro e choro...

Existem coisas que são deletáveis, existem ações na minha vida que eu encaro no automático. Existem outras que demandam tempo, mas, podem ser apagadas e parecer que nunca existiram. Porém, há outras como existe ele, ela, o senhorzinho, os porteiros, a academia, a loja das tortas, o clima meio londrino desse condomínio tão cheio de bossa...Já estava tudo tão arraigado  ao meu dia a dia, a minha vida. Já encaro quase como uma memória concreta. Deixo meus rastros por aqui, relembro a conversa difícil que tivemos ainda agora na sala dele, ele decepcionado com a minha saída, e eu chorando feito uma louca adolescente. Só fiz chorar, porque eu sou apaixonada pela empresa, por ele, por ela. Eu os amo muito.

Desculpas ser eu a te informar. Mas, o amor não é o suficiente, não é o que sustenta nenhuma relação. Uma escolha desemboca  numa renúncia e de algumas escolhas, nem sempre se sai ileso.
A maior lembrança, levarei em mim mesma. Triste essa coisa de se perder e ter que apagar uma parte da vida por vergonha ou imaturidade. Não sei o que é isso, não apago nenhum caminho pelo que trilhei. Sou o resultado das minhas escolhas e cada vez que olho pra trás, principalmente para o meu passado profissional, mais, me orgulho da minha constituição.

Tudo o que eu sou é em decorrência dessas novas opções, novos desejos, novos desafios, novas dores e estou indo e é tudo novo de novo.


O único abraço que eu queria ninguém pode dar.


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