segunda-feira, 30 de abril de 2012

Vacilando



A confissão das nossas bocas mudas por medo, por respeito, por conveniências. Porque o silêncio nesses casos é a melhor forma de proteção. E quero mesmo me proteger, te proteger daquilo que tanto queremos. Tento esquecer os clichês quando os meus dias se enchem de vazio, enquanto me olho no espelho e vejo  o meu longo cabelo  e percebo como ele sente falta das sua mãos e me frustro porque sei que não devo desejar muito além. Tento tanto. Temo tanto. Tanto que o tato falta e fico distante sem querer estar. E o que pode parecer jogo é só um modo de conseguir não me machucar, não me enganar, não me entregar. 

Escapo por onde você me prende, mas vacilo sempre no próximo passo. Você não percebe, disfarço. Mas em pensamento, sempre volto, sempre volto porque sem que eu saiba ou faça questão de saber meus pés caminham procurando esse sossego tão inquieto que só você soube trazer.

Os dragões não conhecem o paraíso, não é Caio ?


sábado, 28 de abril de 2012

Dos balanços

Feliz e triste, cheia de alegria e de aflição, segura e medrosa, amada e renegada, paciente e zangada, pacífica e arredia, completa e vazia...Constituindo-se

Talvez não possa haver felicidade nesse planeta sem um peso igual de dor que deixe tudo equilibrado  em alguma balança desconhecida.
Sabe aquelas pessoas irritantes e que não desistem nunca?

Então...

Ontem eu terminei  com o livro e com  o seriado e hoje, com  a culpa...


sexta-feira, 27 de abril de 2012

Conselho de mãe.



Menina, não perca tempo.
Não sofra antes dos dezesseis por amor algum.
Pratique esportes.
Preste atenção nas suas aulas de inglês.
E faça amigos.
Escolha uma profissão que ame, mas que também te dê dinheiro
porque a vida é mais difícil sem ele.
Não use salto. Dê saltos! De alegria!
Ao que me parece, a vida mal começou e já é generosa contigo.
Agradeça. Não fale de boca cheia.
Não reclame de barriga cheia.
Mastigue e muito só que de boca fechada.
Pense antes de falar.
Pense antes de escrever.
Respeite os mais velhos, os mais novos e também os de mesma idade.
Seja gentil e sorria… Mostre seus dentes.
Daqui a pouco, muitos outros além desses seus quatro da frente
estarão a te fazer companhia. Diariamente.
E para que esta convivência seja boa e indolor,
escove-os ao menos três vezes ao dia e use o fio dental.
Se preciso for, nós te garatimos o aparelho.
Então, você pode gargalhar a vontade.
Brinque, sem se preocupar.
Aproveite enquanto tem STAFF.
Divirta-se!
Aprenda a dividir seus brinquedos, suas conquistas e seus problemas.
Tudo ficará mais leve se for dividido.
Faça sua turma, assim desde cedo trabalhando em equipe,
será mais fácil sua adaptação na vida adulta.
Perdoe seus pais por toda projeção e expectativa.
Lembre-se é tudo amor em excesso.
Durma. Sonhe. Cante. E se conseguir, monte uma banda.
Seu pai ficará orgulhoso!
Aprenda a cozinhar.
Aprenda a comer.
Aprenda a rezar.
Aprenda um pouco de tudo.
Estude. Leia. Seja curiosa!
Entre no mar pelo menos uma vez ao ano.
Pise na grama sempre que tiver oportunidade.
Faça planos. Viagens. Compartilhe comigo.
Compartilhe com todos. Monte sua rede de contatos.
Seja verdadeira. Conte-me suas aflições e desejos.
Quem sabe eu posso te ajudar?!
Escreva. Desenhe. Construa. Costure. Abrace.
Plante coisas. Semeie. Cuide. Colha.
Tenha filhos depois dos trinta.
Flores dentro de casa.
Um cachorro pra chamar de seu.
Uma companhia.
Case-se.
Faça tudo, não necessariamente nessa ordem.
Desorganize.
E se eu fosse você, levava o guarda chuva.
Não deixava de passar o protetor solar
e também não saía sem o casaco.


com amor,
sua mãe 


Sem fonte :)

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Ser de você


Posso ter querido ser de outros, mas quando quis ser tua não quis ser mais de ninguém. E sou fiel. Talvez não a você e, sim, a esse sentimento que exista em mim.
Dessa maneira, todo esse sentimento e tudo o que escrevo agora só faz sentido porque sou tua e assim quero ser.
Independente da tua vontade.
Sou tua porque me entrego a você, não porque você me quer. E serei tua, só tua, para sempre tua, enquanto faltar-me fôlego, enquanto tropeçar nas palavras quando falo contigo numa mesa de bar, no sofá da minha casa, no seu banco carona.
Eu não sei falar, me embolo, não sei me fazer entender.
Mas, ser tua é o melhor que faço hoje.
Sou tua porque hoje é só isso que sei ser. 


Os dragões não conhecem ( mesmo ) o paraíso...

Maria

Olá, tudo bem? 
Qual o seu nome? ,
-Perguntou o cara que tinha o meu nome tatuado em todo o seu braço esquerdo.
Nunca vi um Maria tão grande em toda a minha longa vida.
...

Tequila me deixa confusa.

- E, às vezes, nos separa do nosso  amor próprio também!

Então, eu olhei para o seu braço e  despistei, eu e todo 
o   meu amor próprio.

Ai.


O bônus não compensaria  o ônus. Infelizmente.

Imagina? ele tem o meu nome tatuado no corpo, será que é da filha? da mãe? da ex?
Duas, tres Marias numa vida só? Ninguém merece isso não...

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Vida que segue


No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá... 

Chico


terça-feira, 24 de abril de 2012

Porque não tenho namorado

Cara, que tipo de pessoa termina um relacionamento dizendo:
- Você não vai me esquecer e seu nariz vai crescer.


???


Sirvo nem pra ter raiva de alguém.


Na boa, tenho 8 anos e  por isso não tenho um namorado...

Le jour tristes




Não aprendi empilhar cacos numa escultura feia e fingir que aquilo ainda tem a forma do original quebrado.
Não é do meu feitio. Nunca será


E se não faz minha vida mais fácil, pelo menos a faz mais limpa.

Le jour tristes

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O nosso caminho



Sabado, com os amigos, só existia você em todos que estavam presentes, rostos conhecidos, rostos desconhecidos e eu só via o seu , só ouvia a sua voz e só cantava pra você e só sentia o seu perfume, e só precisava de você ali, no meio dos meus, no meio da nicotina, do alcool, das risadas, dos microfones, no meio das pessoas que me amam e que eu amo tanto de volta.
Eu chorei tanto na frente deles, estranhos, de conhecidos. Tinha tanta dor dentro de mim. Senti-me triste e frustada, porque não adianta, o meu coração não vai parar de bater assim, só porque eu tô precisando de um tempo. E olha que eu tentei. Queria acreditar que  inventei essa história mirabolante, que idealizei um final feliz. Não funcionou.

Não deixei de pensar em você um minuto sequer nesses dias que passaram tão devagar, tanta saudade, tanto empenho, tantas tentativas. Para quem sempre espera ter mais forças - e sempre tem - parece que cheguei ao meu limite.

E foi por isso que hoje, mais uma vez, me faço essa pergunta:

Onde é o  meio do caminho?

Quanta verdade, sobriedade ou engano nos faz abrir mão do que se quer? Quanta tristeza será sentida pelo que nunca se terá? Quanta mágoa será produzida? Quanta culpa será atribuída ao outro? E a si mesmo?
Não quero de você  a solução para os meus problemas, quero o meu melhor amigo comigo. Quero construir com você o futuro com o qual eu tanto sonho, quero que possamos sentir mais amor do que dor. Quero que entenda os meus silêncios, quero que perceba que não é nada pessoal, quero que aceite o meu jeito irrequieto, irônico, quero as nossas risadas fora de hora, quero que me entupa de desnessários, quero a sua leveza, a sua voz baixa,vamos mergulhar fundo até perdermos o ar, sejamos estúpidos,tolos, humanos, previsíveis...

Continue mudando toda a minha vida e deixa eu mudar a sua...


Eu deixei você me encontrar. 

Então, fica até eu terminar de nos reinventar.

Bem aqui no meio do nosso caminho.

domingo, 22 de abril de 2012

Dos roubos



Existe apenas um pecado, um só. E esse pecado é roubar. Qualquer outro é simplesmente a variação do roubo. Quando você mata um homem, está roubando uma vida. Está roubando da esposa, o direito de ter um marido, roubando dos filhos um pai. Quando mente, está roubando de alguém o direito de saber a verdade. Quando trapaceia, está roubando o direito à justiça“.

 Khaled Hosseini  - O Caçador de Pipas .

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Segunda chance




Não importa que idade você tenha ou que momento da vida esteja passando – uma hora dessas você vai se defrontar com a questão da segunda chance. Talvez seja um amigo perguntando se vale a pena tentar de novo com aquela garota que tanto mal fez a ele. Ou você mesmo terá de decidir se um velho amor que reapareceu merece ou não ser revivido. De uma forma ou de outra, essa pergunta sempre se coloca.

Da minha parte, tenho a responder que não acredito mais em segunda chance. Já fui um crente fervoroso na volta do amor perdido – durante um tempo, essa crença foi o São Sebastião da minha vida – mas hoje vejo essa esperança como quimera e fantasia. Uma ilusão paralisante. Na melhor das hipóteses, acho a ressurreição da paixão é uma possibilidade remota.

O grande amor, o amor médio, o amorzinho: nenhum deles tende a dar certo na segunda temporada. Por mais que haja más intenções e bons sentimentos (a combinação mais gostosa do mundo), ou ainda que os parceiros nadem em aspirações sublimes, coisas repetidas têm vocação para dar errado. São como um vaso que uma vez quebrado nunca mais será o mesmo.

Comigo, o insucesso aconteceu com mulheres que, até hoje, me comovem só de vê-las passar na rua, só de olhar o avatar no Twitter. Não foi por falta de afeto, portanto, que as retomadas não deram certo. Em alguns casos, é verdade, houve insuficiência de desejo, de parte a parte. Quando se trata de sexo, a volta pode ser até melhor (as pessoas, afinal, aprendem), mas raramente deixa uma impressão emocional tão duradoura. Novidade, a gente queira ou não, faz diferença. E experiência não substitui envolvimento.

Tenho a sensação de que os amores requentados são como remendos. Elas não resistem ao tempo nem ao atrito. O que na primeira vez era novo agora tem um gosto de repetido. E há detritos que vão se acumulando a cada separação. Rancores, mágoas, coisas não ditas. Com o tempo, esse entulho cerca a cama, se espalha pelos corredores, invade a sala e a cozinha. A gente tropeça nele. Mesmo sem querer, passamos a procurar, nos olhos e nos gestos do outro, os primeiros sinais de esgotamento, que uma hora ou outra aparecem. Intuímos que é difícil evitar que um rio avance pelo caminho que já foi aberto.

Entre os amigos, consigo me lembrar de um único caso – vá lá, dois – em que a volta não foi apenas um desastre passageiro. O roteiro de quase todos os reatamentos que eu presenciei, ou dos quais ouvi falar, é parecido: pessoa carente ou perdida volta ao porto seguro de onde fora solenemente despachada ou estivera louca para zarpar. E de onde, passado algum tempo, vai querer velejar de novo, ou será expulsa novamente.

Essas tentativas tristes, que às vezes se repetem até o esgotamento, são na verdade os casos benignos. Há exemplos de pessoas que retornam sistematicamente para tipos mentirosos, agressivos ou quimicamente dependentes, com resultados dramáticos.

Vistas de fora, as apostas no videotape existencial parecem tíbias e frágeis, mas não é assim que as pessoas envolvidas percebem. Elas acham que estão voltando ao curso natural do seu destino. Pensam estar retomando o fio rompido da própria existência. Fazem força para acreditar que aquela escolha, desta vez, as fará felizes. Sentem-se românticas, se dizem românticas, mas, na verdade, estão sendo práticas. Depois de meia dúzia de fiascos afetivos, voltam para a zona de conforto (ou de conflito) semifelizes, com um rabo invisível espremido entre as pernas. Em geral descobrem, rapidamente, que voltar é fácil. Permanecer são outros quinhentos.

Por que voltamos, afinal?

Porque somos fracos, acho.

Melhor faríamos, eu acho, se déssemos a segunda chance a nós mesmos. A chance de iniciar do zero.Porque somos fracos, acho. Ao acabar um namoro ou um casamento ficamos sozinhos, temos medo. Para a maioria de nós é difícil construir relações duradouras. Quando uma coisa importante acaba, temos dificuldade em recomeçar. Estamos tomados por quem nos mandou embora. Ou estamos acostumados ao amor sem reservas do parceiro que mandamos andar. Nada que tenha essa intensidade é fácil de repor. As pessoas que aparecem não são capazes de preencher o vazio. É no meio dessa nuvem de dor e incerteza, que pode durar um tempo enorme, que ressurge o ex. E nós o abraçamos como salvação. Funciona para nos tirar do escuro, mas é um péssimo recomeço.

É uma delícia começar um novo amor e ter 90 dias de encantamento grátis. A descoberta, a magia, o ardor provocados pela paixão nova são insubstituíveis. Quando as coisas começam, há sempre a possibilidade de que desta vez seja maior, mais intenso, mais espetacular do que antes. Quem sabe agora é para sempre?

Claro que pode dar errado, quase sempre dá, mas a gente aprende e vive enquanto tenta. A gente recebe e dá, a gente povoa a nossa existência de referências, outras memórias, rostos, risos, pequenas reminiscências deliciosas, erotismos secretos que nos assaltam meses depois, anos depois, e nos dão aquela sensação deliciosa de ter vivido em plenitude, da melhor maneira que nos foi possível.

A vida é curta, potencialmente bela, melhor gastá-la com coragem, andando à procura de respostas verdadeiras, do que ficar, repetir, tentar de novo o mesmo caminho batido. Talvez uma vez, vá lá. Talvez uma segunda chance de reatar pontas perdidas para cada amor que merecer esse nome. Mas, se me perguntam, eu diria: não mais do que isso. Não mais esperanças paralisantes. Não para mim.

Nem pra mim!




terça-feira, 17 de abril de 2012

 


"Isso é escrever. Tirar sangue com as unhas. E não importa a forma, não importa a "função social", nem nada, não importa que, a princípio, seja apenas uma espécie de auto-exorcismo. Mas tem que sangrar a-bun-dan-te-men-te. Você não está com medo dessa entrega? Porque dói, dói, dói. É de uma solidão assustadora."


Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Te encontro na fé









Ela passava a limpo a  sua própria lista de  desejos deixados de lado. 
Eu percebia.
Ela achava que estava bem oculto, mas se tem uma coisa que eu aprendi é sentir quem eu amo.
Eram lindos, mesmo. 
Vi muitos, tantas vezes, sem nem olhar os seus olhos. 
Muitas  vezes, ela estava lá tomando café, mas eu via, naquele segundo distraído em que o olhar se perdia na parede do outro lado da sala.
Ela nunca os descreveu, mas eu via com quase todas as suas  cores.



Meu grande, eterno e maior amor...


Saudade louca desse seu olhar tão sonhador.

domingo, 15 de abril de 2012

Chegamos a um ponto da estrada em que achamos excitante fazer escolhas, e é exatamente aê que crescemos.







Acontece, sem você perceber. Ao menos comigo foi dessa forma, se bem que não valho como experiência, tenho a mania de não perceber o óbvio.



Recusando opções, escolhendo.

Nas primeiras vezes, eu estranhei, eu achei que era rancor, egoísmo, viagem, estratégia, achava que estava sem querer me blindando das pessoas, do convívio, negando festas, saídas, reuniões, cinemas. Bem depois, só bem depois percebi que crescer custa um tanto de paciência. Enxergar que você cresceu, transformou-se, amadureceu,na verdade, bem muita paciência. Até chegar o momento que enxergamos que até nossas contradições são coerentes. Lidar com o fato de que o gostar vira sentimento de respeito, desses que tudo e todos que a gente ama, ama-se para sempre, de muitas formas, mas segue amando.

Não é envelhecer, é refinar, filtrar toda e qualquer escolha. É não ter diplomacia com as recusas. É se importar mais com a qualidade do que está disponível do que com o que está sendo oferecido com toques comercialmente sedutores .

Tem um momento na vida que todo mundo escolhe coisas que as deixam mais felizes, escolhe viver e conviver mais com as pessoas que amamos e que nos amam também, da maneira como podem.


Tem uma hora na vida, que a gente cresce e pode ser criança pra sempre.

Eu cresci e escolhi ser da idade que tenho, escolhi os meeus amigos, a minha família, o meu namorado.

Eu amo essa eu-hoje.

Gratificante ver que todas as gavetas da minha vida podem ser abertas e fechadas sem emperrar.

Gratificante lidar com a minha recente escolha, o amor, desses que nem de longe eu imaginava que existisse, o amor que é o meu paraíso, meu parceiro, meu amigo, o cara que chegou pra separar o bem do mal,a escolha que veio com flor, com rock dos bons, a escolha que veio pra me fazer a melhor companhia, que representa hoje grande parte das minhas alternativas, que veio com vontade de ser feliz e é com toda a minha maturidade que eu o amo e é pra ele que eu decido ir todos os dias.


Bacana esse lance de fazer escolhas.


quinta-feira, 12 de abril de 2012

Alone Forever





Estranho essa coisa de  amar uma pessoa que não sabe mais nada sobre você.
Não sabe que meus joelhos estão ruins, que apareceu um fio de  cabelo branco, que agora entendo do amor, do amor calmo, tranquilo, maduro não sabe que tenho estado quieta, calada, concentrada numa vida prática e sem aquela necessidade toda de ser entendida.
Ela não sabe que tenho lido pouquíssimos  livros, não sabe quais são meus novos assuntos nem os filmes favoritos. 
Ela não sabe que  eu não  penso mais  nele,mas que conservo alguma curiosidade em saber se o seu coração está mais tranqüilo, se seu cabelo mudou, se o seu olhar continua distante. 
Ela não sabe  do meu novo e predileto perfume. 
Ela nem imagina quanta coisa pude planejar durante esses meses todos e como me isolei pra tentar organizar todos os meus projetos. Que tenho sentido mais sono e ainda assim, dormido pouco. Que tenho escrito mais no meu caderno de sonhos. Que sinto sempre tanto frio, ela não sabe de mim. 
Ela não sabe que eu venho tentado despistar a  saudade que eu sinto dela. Que de uma hora pra outra passei a não querer mais a instabilidade. Que aprendi a não sobrecarregar meu coração, este órgão tão nobre. 
Ela não sabe que eu entendi que se eu resolver a minha dor, ainda assim, poderei criar através da dor alheia sem precisar sofrer junto pra conceber um poema de cura.
Hoje foi um dia em que percebi quanta coisa em mim mudou e ela não sabe sobre nada disso. 
Ela não sabe que tenho estado tão só sem a devastadora sensação de me sentir sozinha. 
Ela não sabe que desde que não compartilhamos mais nada sobre nós, eu tive que me tornar minha melhor companhia: ela nem imagina que foi ela quem me ensinou esta alegria.

♪ Se vc trouxer o seu lar, eu vou cuidar, eu cuidarei muito bem dele ♪

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Quando o amor vacila









Eu sei que atrás deste universo de aparências,
 das diferenças todas,
a esperança é preservada.


Nas xícaras sujas de ontem
o café de cada manhã é servido.
Mas existe uma palavra que não suporto ouvir,
e dela não me conformo.


Eu acredito em tudo,
mas eu quero você agora.


Eu te amo pelas tuas faltas,
pelo teu corpo marcado,
pelas tuas cicatrizes,
pelas tuas loucuras todas, minha vida.


Eu amo as tuas mãos,
mesmo que por causa delas
eu não saiba o que fazer das minhas.


Amo teu jogo triste.


As tuas roupas sujas
é aqui em casa que eu lavo.


Eu amo a tua alegria.


Mesmo fora de si,
eu te amo pela tua essência.
Até pelo que você poderia ter sido,
se a maré das circunstâncias
não tivesse te banhado
nas águas do equívoco.


Eu te amo nas horas infernais
e na vida sem tempo, quando,
sozinha, bordo mais uma toalha
de fim de semana.


Eu te amo pelas crianças e futuras rugas.


Eu te amo pelas tuas ilusões perdidas
e pelos teus sonhos inúteis.


Amo teu sistema de vida e morte.


Eu te amo pelo que se repete
e que nunca é igual.


Eu te amo pelas tuas entradas,
saídas e bandeiras.


Eu te amo desde os teus pés
até o que te escapa.


Eu te amo de alma para alma.
E mais que as palavras,
ainda que seja através delas
que eu me defenda,
quando digo que te amo
mais que o silêncio dos momentos difíceis,
quando o próprio amor
vacila.






Maria Bethania





♪ Das declamações e canções mais lindas do mundo todo ♪

terça-feira, 10 de abril de 2012

O percurso





Eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno, bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme, só olhando você, sem dizer nada, só olhando e pensando: meu deus, mas como você me dói de vez em quando.
Caio Fernando Abreu


segunda-feira, 9 de abril de 2012

O lado positivo da força




Quando minha mãe via que algo não iria dar certo, ela não usava de sutilezas, era direta... Depois se colocava lá no lugar dela, pronta p correr e me segurar. 
Nunca me deixou sozinha. E me ensinou desde cedo a enxergar que as minhas decisões seriam só minhas e as consequências dessas decisões, sempre esbarrava em quem me amava.
Percebi muito cedo que o meu caminho era só meu, mas que eu hospedava vez em quando alguns viajantes.
 
Daí adquiri a responsabilidade.

A minha mãe era minha maior colaboradora, a minha torcedora mais fiel .
Minha mãe vibrava como ninguém. E ontem, ela olharia pra ele e tudo que eu não recebi  e não se conformaria que fosse só isso,  quando eu poderia receber  mais. 

E aí, se ela ainda tivesse aqui e eu não tivesse no alto da minha maturidade,  caberia a mim consolá-la; 

Não posso mais consolá-la com minhas decisões estranhas, porque elas nem existem mais.
Eu posso continuar na dúvida ainda do que eu quero e acredito que é isso que me constitui. Mas, eu sei exatamente o que não aceito, o que não quero pra mim.
Aprendi a buscar tudo o que eu quero e somente aceitar o que fizer parte do lado positivo da força.

Minha mãe e suas tantas coisas sabidas.


segunda-feira, 2 de abril de 2012

Eu não sei de nada




Já convivo com muitas as pessoas q sabem isso.

Eu curto enfiar os pés pelas mãos night&day .

Curto ainda mais falar o que não deveria, o que as pessoas normais acharia insensatez, tornou-se uma constante na minha vida;

Eu mudo de humor, de planos, de casas, de comidas. Não mudo o cabelo. E algumas pessoas, precisam aceitar que se mudaram de mim e parar tipo de vir aqui bisbilhotar o meu dia a dia. Garanto, nada glamourora essa minha vida. A de vcs 4 especificamente podem ser melhores se nós comparássemos...Sim, em 2012 também rastreamos seu IP...

Adoro inventar excessões as regras . Não faço mais a mesma coisa esperando resultados diferentes.

Eu sou a antenada mais idiota do universo.

Adoro chorar, choro de animaiszinhos doentes, de velhinhos nas ruas, choro quando vou embora do meu irmão, choro qd brigo com o meu amor,choro em pé dentro do ônibus, tremendo nos meus 1.70, curto e compartilho com todo o nonsense q me é peculiar, o meu choro. Choro no ponto,  choro lendo...Choro de alegria e tristeza o tempo todo e também nunca sei bem onde termina uma coisa e começa o outra.

Eu vejo algumas coisas com uma certeza cristalina e insisto nelas porque sei do que estou falando, por mais insano que pareça.

Eu pergunto diretamente qd quero saber algo, sem rodeio, vergonha ou indiretas.

Vejo o que ninguém ver, não enxergo o óbvio;

Intimido as pessoas com a minha naturalidade e vivo a briga da minha vida com o tal do bom senso, das tradições.

Não sou mais ansiosa e tenho tentado não perder mais as coisas, as pessoas.

Eu amo um cara, com toda a maturidade possível numa mulher, eu amo um cara depois de tanto tempo sem ter nenhum sentimento no meu coração, eu amo um cara que me deixa ser eu.

E q ama o fato de eu ser assim...

Eu não sei mais de nada e desconfio que essa seja a tal da maturidade.