segunda-feira, 14 de maio de 2012

De quando a gente se engana


Consigo visualizar a imagem. Você acendendo um cigarro, o olhar vagando, pedindo uma cerveja. Olhando para as suas mãos e os flashes da sua recém trepada barata passando  por seus pensamentos. Aí você lembra de mim.Você se dá conta de que ninguém toca o teu corpo como eu, você percebe que será muito difícil alguém  te fazer sentir tudo o que eu fiz. Não é orgulho, não, é só certeza. 

Quantas cervejas serão necessárias? Será que um maço de cigarros seria suficinete  pra compensar o prazer que ninguém mais consegue te  dar?
Sua alma chora, se despedaça entre os seus amigos e garrafas vazias e cinzeiros cheios, 
 Num bar de luz amarela e gente decadente, superficial e solitária você vai disfarçar toda  a minha falta, toda tua miséria, essas misérias que no fim são de todos, misérias humanas. 
Seguirá vagando sem sentido a procura de alguma coisa que te complete, apesar de saber que todas as coisas que existem são poucas demais para te preencher se comparada a mim, se comparada a nós.



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